Violência crescente

Gente a coisa está feia, a bem da verdade, está horrivelmente feia, em todas as áreas e setores da sociedade, nos quatro níveis, ou seja, A, B, C, D, principalmente, para a classe D, que se encontra, literalmente, jogada as traças. Violência nas ruas, nas casas, nos lugares de diversões, aliás, do jeito que estamos é fato de que em todos os lugares, quase que, sem exceção, a presença da maldita violência se faz presente. Assim sendo, acaba deixando a todos nós apreensivos e, completamente desprotegidos. Alertando-nos de que, infelizmente, os alvos maiores destas violências acabam sendo os mais fracos e indefesos, ou seja, crianças, idosos e mulheres. É só a gente ligar a TV, e dá, claramente, para perceber que as audiências estão acentuadas com índices significativos em cima de assuntos como futebol, numa boa proporção. Porém, as audiências campeãs estão focadas nas violências de todos os tipos. Lamentavelmente, há pelo menos uns quinze dias atrás o país e o mundo ficaram perplexos com a tragédia acontecida numa escola em Suzano/SP, onde dois jovens mataram dez pessoas, sendo seis estudantes. Esta barbárie ocupou espaço na mídia intensamente e, nós presenciamos tudo, impotentes, apenas sentindo e perguntando, “por que isso?”, obviamente, sem respostas. Caros leitores, não se esqueçam de que estamos nos referindo apenas a violência tupiniquim. Uma vez que, pelos noticiários internacionais a coisa também está feia por aí a fora, basta apenas lembrar dos Orientes Médios da vida. Quando citamos violência crescente não podemos nos esquecer de considerar com ênfase acentuada as corrupções que campeiam livremente nos meios políticos. Onde o erário público é desviado dos fins básicos garantidos pela Carta Magna, com isso, deixando de socorrer a população nas suas necessidades primordiais, ou seja, saúde, transporte, lazer e educação. As quais, ficam desprovidas dos mínimos recursos, devido à ganância dos políticos e, demais asseclas, que vivem nababescamente e impunes, como jamais tivessem praticados violências. Assustados, nos perguntamos todos os santos dias, porque somos assim, estamos completamente alheios a nossos semelhantes, vivendo uma vida, excessivamente, individual e egoísta. Infelizmente, nos esquecemos de que a nossa vida, nos foi dada, graciosamente, por Deus, para vivermos felizes e em abundância. E, com rara felicidade, considerando esta determinação divina, me veio à mente um conto, acho que bem a caráter, poder-se-ia ser aproveitado para caracterizar melhor os meandros da violência, como segue: “Um velho índio, descreveu, certa vez, seus conflitos internos. Dentro de mim, disse ele, existem dois cachorros, um mau e um bom. Os dois estão sempre brigando. Quando então lhe perguntaram, qual dois ganharia a briga, o sábio índio parou, refletiu e respondeu: É aquele que alimento mais.” Diante desta afirmação, fica no ar uma pergunta, a todos nós. Qual cachorro que estamos alimentando mais? Caso estejamos alimentando o cão mau, obviamente, estaremos colaborando para a decadência da sociedade, possibilitando o desabamento e desencadeamento das coisas ruins, principalmente, da violência. Todavia, caso estivermos dispostos a deixar o nosso lado bom despertar e florir, para seguir os desígnios de Jesus, principalmente, quando disse: “Amai-vos uns aos outros, assim como Eu vos amei”, certamente, iremos alimentar mais o cachorro bom, colaborando, verdadeiramente, na construção de um mundo mais humano, justo e fraterno. E, aí pessoal, vamos ou não nessa.

                                                         

Arquimedes Neves – Nei

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