No intuito de mostrar com clareza esta postura cômoda que, a maioria de nós pratica, fui buscar lá fundo do “embornal”, ou seja, da mochila, uma frase que contivesse o sentido de indiferença. E, por felicidade de todos nós, a achamos bem escondidinha, lá no fundinho do coração. E, portanto, a mesma vai, certamente, emoldurar o nome do título deste texto, ou seja, “Ver e fingir que não”. Dito isto e resolvido, vamos em frente para nos deliciarmos com o assunto. De fato, na verdade, existe uma mola propulsora que nos empurra mais e que dá uma força contínua para perseverarmos nesta atitude que é a conveniência. Ou seja, me interessa ou não. Este comentário nosso se faz necessário, tendo em vista que, a nossa reação inicial sempre é impulsionada por parte de algum alarido. Ou seja, quando surge algum alarde ou manifestação por parte da população, em algum manifesto ou, quando a imprensa destacar alguma ação, aí então todo mundo corre para resolver aquilo que poderia ter sido resolvido antes de quaisquer manifestações. Mas, foi feito na oportunidade a famosas “vistas grossas”. O que é mais importante? Excelente questionamento, todavia, a questão em si, convenhamos ser bastante subjetiva, uma vez que o seu sentido depende muito do ponto de vista individual de cada um. Senão vejamos, se perguntarmos a um prisioneiro, logicamente, que ele responderá que é a liberdade. Porém, se formos perguntar a uma senhorita um pouco “balzaquiana”, de pronto, a dita cuja, responderá que seria arrumar, urgentemente, um marido. Se, perguntarmos a uma pessoa doente, prontamente, com olhos lacrimejantes, a sua resposta, seria a saúde. E, se por ventura, tal questionamento fosse dirigido a um professor primário, é certo que sua posição diante de tal questionamento, seria sem dúvida alguma, o mesmo responderia ser mais importante para categoria escolar tão desprestigiada no momento, um reconhecimento digno de destaque que a educação deveria ter e, infelizmente, não tem. E, como não poderia deixar de ser, me atrevi, lançar tal questionamento a uma pessoa idosa, no entanto, fiquei um pouco preocupado em perguntar isso, pois, sua cabeça já bem branquinha como a neve, poderia se atrapalhar e, esse não era o meu propósito. Por isso, eu a poupei e, ao mesmo tempo me ousei a responder, atrevidamente, em seu lugar. Achei que a mesma diria, mais ou menos, assim: “Meu Senhor e meu Deus, te agradeço muito de todo o coração, por teres permitido, viver até agora. No entanto, se me permite, com todo respeito possível, faze-me um pequeno favor, embora já velha confesso que amo muito a vida e, se, não fosse incomodo para o Senhor, gostaria de ficar mais um pouquinho por aqui. Obrigado Senhor”. Olha só, que grandeza de alma desta pessoa idosa, pois, apesar da idade avançada promoveu a vida como a coisa mais importante que tinha, independente dos obstáculos naturais que já enfrentou e, ainda enfrentará. De repente, assim como num estalar de dedos, me veio a lembrança se, por ventura, esta indagação caísse com um toque de mágica, no colo de uma mãe qualquer poderia, inclusive, ser a nossa mesma. E. qual seria a sua posição quanto a este questionamento? E, fechando os olhos, acredita que ela responderia mais ou menos assim: “Sinceramente, o ponto mais importante de minha vida, seria a felicidade completa de meus queridos filhos”. Benza Deus, que resposta iluminada e, é bastante óbvio e, pensando bem a resposta não poderia ser outra, pois, quase sem exceção, as mães, acalentam desde o nascimento de seus filhos, junto ao peito, com olhos lacrimejados, que os filhos sejam os mais felizes possíveis. Pois, este é realmente, o sonho de consumo de todas as mamães do mundo inteiro. Jogando esta indagação, de lá para cá, atingindo as mais variadas pessoas, com certeza teremos resultados diversos, pois, os horizontes promovem matizes diferentes para todos os olhos que o veem e, certamente, é aí que residem as maravilhas da vida. Para mim, especificamente, o mais importante é amar a Deus sobre todas as coisas, o resto Ele provê naturalmente. Eu acredito e, você?
Arquimedes Neves – Nei
www.neineves.com.br