Tudo depende da disposição e. tudo depende da visão sobre o que é bom ou o que é ruim. É certo também que no decorrer da vida estamos a mercê de vários fatores, que podem ser propositais ou ocasionais. Porém, em muitas oportunidades depende de nós se vamos encarar ou acomodar. No ciclo de nossa vida, são nos apresentado pelo caminho, várias situações, que dependem única e exclusivamente de nós, se vamos aproveitar ou não. Portanto, é uma condição basicamente condicionada a vontade do envolvido, onde os resultados refletiram sempre a tomada de decisão. Inclusive, é muito oportuno ressaltar que as atitudes estão intimamente ligadas ao tempo, ou seja, quando somos jovens, as ações são mais precipitadas, não há muito tempo para raciocinar devido ao excesso de energia disponível. Por outro lado, o oposto é verdadeiro, pois, numa condição inversamente proporcional quando já caminhamos para um amadurecimento natural, temos a ações mais comedidas, mais analisadas, procurando obter mais segurança nos resultados. Todavia, este recatamento nas realizações das coisas em idade mais madura não quer dizer também que ao invés de se enfrentar as situações, se comporte, mais brandamente, com receio de se utilizar de atitudes menos agressivas. Pelo contrário, não devemos em hipótese alguma temer os problemas, pois é certo e natural que nesta faixa da existência, a ultrapassagem dos obstáculos se façam com mais dificuldades. Na verdade, quer queiram ou não, no decorrer da vida, quando começam, a surgir obstáculos, a primeira reação que nos aparece é a vontade louca de fugir e nos esconder dessas dificuldades. Entretanto, até por uma questão de sobrevivência não podemos estar sempre fugindo dos problemas, senão fatalmente viveremos uma vida miserável e sem sentido. E, caso prefiramos nos acovardar, nos sobrarão, sem sombras dúvidas, as migalhas de uma vida inútil, onde o que fizemos no passado não teve nenhum sentido prático, foi tudo ilusão. Desta forma, caso a gente não encare os problemas, certamente, nos deixaremos levar pela insegurança. E, às vezes, o que poderia ter sido um probleminha poderá sem que a gente se aperceba tornar-se, num curto espaço de tempo, um enorme problema de difícil solução. Portanto, mediante situações mais complicadas não é conveniente cruzar os braços, embora tal atitude nos traga uma enganosa satisfação, pois, acreditamos que por si só a situação se resolverá. Todavia, é um ledo engano agindo desta forma, pois a medida que se fuja dos problemas, eles continuaram ali sem solução, por isso , o mais coerente é enfrentá-los, pois, ignorá-los é propiciar, sem querer, o aumento incontrolável de seus efeitos. Interessante como gostamos de ser masoquistas, parece que temos necessidade de sofrer antes, para depois fazer o certo e obter os louros de vitória. Tanto é verdade, que em nosso procedimento cotidiano preferimos muitas das vezes nos esconder atrás de uma mentira do que ter a coragem de enfrentar a situação real, contando a verdade. Gente, como é incrível, pois, preferimos correr o risco de virar um pinóquio, vestindo o manto de um mentiroso, do que enfrentar a realidade dos fatos. E, durante o decorrer dos tempos, vamos perceber que se tivéssemos agido seriamente, os resultados da solução do problema teriam sido outros e, teríamos evitado os dissabores e as conseqüências danosas de caminhos ou decisões mal escolhidas. Assim é que fica devidamente provado pelo caminhar das coisas que só pelo fato de se cruzar os braços jamais foi decisão certa de escolher o melhor para si mesmo. Portanto, pois mais amargurante que seja o problema, o melhor sempre será enfrentar a situação, uma vez que os resultados serão os mais prazerosos possíveis. Então, vamos encarar e nunca acomodar. Entrementes, para clareza maior e, aproveitando um trecho lindo de uma canção de Ivan Lins intitulada “Desesperar jamais”, a saber: “No balanço de perdas e danos. Já tivemos muitos desenganos. Já tivemos muito que chorar, mas agora, acho que chegou a hora de fazer valer o dito popular, desesperar jamais”.