Freqüentemente, às vezes, sem exceção, somos acostumados a valorizar as coisas dos outros, achando sempre que a nossa não é tão boa quanto. Este costume, que por sinal, não é bom, haja vista que agindo assim estaremos na maioria das vezes aborrecidos e, é bem possível que em grande parte de nossas opções neste sentido não são corretas. Uma vez que é inevitável sentir falta daquilo que gostaria de ter, mas, se você pensar somente naquilo que não tem, fatalmente, deixará de apreciar as coisas maravilhosas que tem. Infelizmente, a nossa avidez em querer aquilo que não temos é, às vezes voraz, porém, lembrando disso existem muitos ditados populares que fazem conotação a respeito com muita propriedade, o que por sinal poderíamos nos lembrar sempre para poder nos conter nos momentos mais aflitivos de nossas angústias infrutíferas. E, por falar nisso, achamos um ditado popular, que, aliás, é bastante conhecido e reflete com exatidão esse nosso impulso, a saber: “a galinha do vizinho é sempre mais gorda que a nossa”. Infelizmente, essa máxima é autêntica, porém, se formos nos conscientizar bem vamos perceber sem muito esforço que é uma prática mental que atrapalha, sobremaneira, considerando os nossos planos cotidianos. Pois, estaremos sempre com a ótica do verdadeiro objetivo, ou seja, valorizar as coisas que temos desviada da programação normal que nos é colocada ao nosso alcance. Portanto, a fim de clarear o nosso horizonte, seria interessante, somente a título de colaboração para nós mesmos, anotar numa folha de papel tudo aquilo que amamos e, quase que com certeza absoluta que vamos verificar que Deus tem sido muito bom para conosco. Pois, nessa pseuda lista vamos verificar que ao invés de pedir a Ele coisas que não merecemos ou que temos e não vemos, assim, seria muito mais pertinente agradecer mais e pedir menos. E, somente para melhorar o nosso entendimento de como as coisas são, aliás, é evidente que são simples. Mas como somos habituais usuários do “compricômetro”, infelizmente, parece até que temos prazer em complicar tudo, principalmente as mais simples. E, para não deixar o costume de lado, queremos acrescentar uma lenda bem interessante que serve exatamente para mostrar o quanto somos lerdinhos em perceber quantas coisas boas que temos. Porém, a cegueira da insatisfação está sempre nos vendando os olhos, para nos impedir de ver as belezas naturais que estão a nossa disposição para conservá-las ou conquistá-las, a saber: “Nos conta uma lenda que um senhor pediu ao amigo para redigir um anúncio, pois, ele estava a fim de vender um sítio que possuía. E, assim foi feito e entregue ao solicitante, com os seguintes dizeres: Vende-se uma encantadora propriedade, cortada por águas cristalinas e, também com um belíssimo arvoredo povoado por toda sorte de pássaros. Meses depois, se reencontraram e o colega perguntou se ele havia vendido o sítio, o homem respondeu: de maneira alguma, pois quando li o anúncio que você me fez, percebi a maravilha que possuía obrigado por ter me aberto os olhos.” Portanto, amigos, a vida é mesmo assim, muitas das vezes saímos por aí deixando de reconhecer o que temos para ficar, nostalgicamente, fretando aquilo que não temos, deixando de sentir a beleza das maravilhas que possuímos. Como feixe final é muito importante sentir o sabor da conquista daquilo que conseguimos ter e, isso, obviamente, nos vai abrir os olhos para outras possibilidades, sem que haja nesse empenho nenhum sentimento de poder absoluto, apenas deixe-se derramar em si o líquido da simplicidade. E, como mensagem é sumamente dignificante saber distinguir que, valorizar o que tem é o oposto de apegar-se ao que tem. É como diz os versos de uma antiga canção que dizia mais ou menos assim: “e tudo passa, tudo passa, tudo passará, somente o amor permanecerá.” É isso aí, “tamo junto”.