Transferir responsabilidade, é muito mais cômodo, mas…

Me passou batido, todavia, me lembro vagamente que, alguns tempos atrás, em São Paulo, foi realizado um Seminário sobre Educação Infantil. Referente ao tema de monitoramento das crianças, quanto ao que devem ou não devem fazer, nas escolas, diante dos programas televisivos, abrangendo todos os aspectos, referentes a educação das crianças. O ponto mais importante da questão reside nas afirmações, dos programadores, em afirmar que a televisão oferece entretenimento, diversão, informação e cultura para o povo, etc. etc. E, sem dúvida alguma, cabe aos pais observar aqueles programas que os “filhos podem ou, não assistir”. Queridos leitores, a grosso modo e, analisando responsabilidades, somos de acordo que cabe aos pais a educação dos filhos. Todavia, há de se convir que é humanamente impossível uma vigília de 24 horas, ininterruptas, sobre os meninos (as), não se consegue tal façanha. Aliás, é necessário considerar que nos atuais tempos as atitudes educativas sofreram mudanças consideráveis, naturalmente para pior, na verdade isto todo mundo sabe. Porquanto, é sabido que as mudanças ocorridas, em velocidade acima do comum, provocaram a todos nós uma perda de sintonia, sem a mínima condição de acompanhamento. Principalmente, na área de informática, cujas alterações afetaram, diretamente, as atitudes educativas, o que obstou o processo comportamental de ambas as partes, pais e filhos. No entanto, não concordamos totalmente com o posicionamento da televisão, pois, achamos que existe culpa recíproca, tanto dos pais, como do lado da T.V.. E, principalmente do governo que jamais teve autoridade suficiente para administrar a programação desses órgãos, os quais se sentem à vontade para colocar no ar aquilo que os apetecer, desde que gerem lucros. De fato, transferir responsabilidades é muito cômodo e, neste episódio cremos que são muito mais responsáveis os proprietários das televisões e as autoridades. Mais, especificamente, o Ministério das Comunicações que é o responsável pelas concessões de redes de T.V. e tem competência para cassar os respectivos alvarás de funcionamento. Está aí uma grande arma que poderia facilmente ser usada, caso não houvesse conivência estatal. Considerando tudo isso, em sã consciência, como podemos controlar nossos filhos para não ligar a televisão, se os programas proibidos não têm horários para serem exibidos, sendo que estão nas telas, principalmente, nos horários nobres, a exemplo das famigeradas novelas “super educativas”. Acabamos sempre do mesmo jeito em todas as situações complicadas que nos envolvemos, sem solução, tendo em vista que, nós o povo estamos sempre à deriva. Enfim, seja o que Deus quiser.

 

Arquimedes Neves – Nei
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