Têm muitas pessoas que querem ser mais importante que o rei

Acredito que a maioria de nós já ouviu esta afirmação acima e, também acredito que muitas pessoas conhecem pessoas que assim agem. Alguém já foi barrado em porta de algum estabelecimento público, principalmente, onde o porteiro questiona um mundaréu de coisa, na verdade, sem nenhuma necessidade para o propósito do atendimento em si. O que me inspirou tecer alguns pontos de vistas sobre este assunto, foi uma colocação postada no Facebook de meu dileto amigo Abílio Fabiano, comentando um fato acontecido com um amigo dele, com relação esta austeridade toda, aliás, sem nenhum precedente de utilidade para aquilo que você precisa ou procura. Em vista disso, o dito cujo amigo do Abílio, citou como comparação, a seguinte observação, como segue “No regime de ditadura você não precisa ficar com medo do ditador, o medo deve ser reservado para o guardinha da esquina, que se reveste em autoridade maior, normalmente, com desconhecimento da chefia, querendo ser, portanto, mais realista do que o rei”. Como destaque, isto que estamos comentando é por demais evidente, principalmente,  nos ambientes de freqüência coletiva. Onde, vamos encontrar situações embaraçosas, das quais ficamos a mercê, em vista de displicência dos envolvidos no tratamento com a população. O que nos aborrece, sobremaneira, é saber que quanto a nós que temos um pouquinho mais de leitura, sentimos na pele o julgo de um sistema indisciplinado e sem dono, embora, em muitas das vezes conseguimos ser atendidos. Todavia, os nossos olhos se voltam para os demais irmãozinhos, sem muita cultura, que afinal das contas é a maioria e, quando se debruçam nos balcões dos órgãos públicos, sentem a maior agonia do mundo. Pois, ficam meses e meses peregrinando em busca de soluções para seus problemas, sem acharem nenhuma alma generosa que os possam ajudar. Neste particular importante, não consigo conceber que atendimentos na área pública, cujas prestações e execuções dos serviços se fazem com recursos significativos, oriundos de nossas contribuições nos impostos, portanto, ninguém está fazendo favor para ninguém. No entanto, o que mais nos desagrada é que as pessoas que prestam estes serviços são devidamente remuneradas e, além do mais são pessoas pertencentes as nossas comunidades, isto é, parecem ser pessoas normais, como nós. Portanto, não dá para entender como é que elas se transformam tanto, a ponto de serem outras pessoas, apenas por estarem, supostamente, revestidas de autoridade. Outra particularidade que incomoda é conviver com todas essas arrogâncias, sabendo no íntimo de todos nós que Deus na sua permanente inspiração vaticinou que para sermos merecedores do reino é necessário que sejamos como uma criança. Criança esta que no sentido não figurado, significa que precisamos ter, acima de tudo, a inocência dominante nas atitudes e nos sentimentos das crianças. E, Deus dentro de sua magnitude, obviamente, estabeleceu que a inocência de uma criança jamais faz parceria ou, associação com a prepotência, que é o condicionamento maior das pessoas arrogantes e despóticas. Daí é sumamente impossível querer ser mais realista do que o rei, aquele que tem dependências em outras oportunidades, de ser simples e, conviver dentro dos padrões que sua formação lhe oferece. Como exemplo, podemos citar que quem de nós, já não se deparou com ocasiões desagradáveis como estas, ao avistar um amigo que no momento está conversando com a alguém de destaque, por exemplo, o prefeito, um médico, um advogado ou de outro elemento que possa ter um nível um pouquinho acima da média local, e, o amigo inexplicavelmente faz de conta que não o viu, ou, se o viu faz um cumprimento morno, diferente daquele do cotidiano. Nestas circunstâncias, a gente fica muito aborrecida e, não pode compreender porque o amigo ficou com vergonha de nossa amizade.  Realmente, existem nos comportamentos humanos precipícios e também planícies, porém, a nossa cabeça gira muito pela falta de compreensão que temos de atitudes obtusas de determinadas pessoas. De minha parte, fiquei pensando muito sobre isso, mas, ao mesmo tempo achei que o certo mesmo é termos compaixão de quem age assim. Uma vez que quem quer ser mais realista do que o rei, quando não está exibindo aquele papel, deve ser uma pessoa muito triste,  carregada de fracassos e eternamente amargurada. Sendo que, viver com dupla personalidade é certo que deve ser uma patologia assustadora, pois ser parceira de desilusões não deve ser fácil. Credo.