De vez em quando, você ou, qualquer um de nós põe-se a questionar sobre várias coisas, porém, há momentos que a gente se agarra a alguma questão, que por mais que tentemos compreender, menos compreendemos. Por exemplo, porque será que quando podemos ajudar alguém, não ajudamos e, ao contrário, quando não podemos, geralmente, nos colocamos a disposição. Há um ditado popular, um tanto quanto escabroso que diz que a morte é uma situação que nivela as pessoas. Isto é, as poderosas ficam igualmente idênticas as que não tem poder algum. Baseado nesta realidade mundial, podemos crer que somos um tanto quanto avessos a enxergar que não adianta querer ser o “bom da bala chita”, pois, mais cedo ou mais tarde, constataremos, geralmente, de forma dolorosa que somos pó e nada mais. O que adianta andarmos de nariz empinado, sendo que com essa postura, estaremos sujeitos a tropeçar mais rapidamente e, cair com esse próprio nariz no chão, ficando assim, numa posição de inferioridade. E, isto acontece, com uma frequência constante, considerando que somos soberbos demais para não perceber as maravilhas que estão ao nosso redor, principalmente as amizades sinceras e verdadeiras. Dia destes, estava num estabelecimento comercial conversando com uma pessoa amiga, quando de repente fomos interrompidos pela chegada de outra pessoa que alegremente abraçou e beijou a minha amiga, ignorando completamente a minha presença. A dita cuja intrusa, conversou uns cinco minutos e, deu para falar diversas coisas e, depois, simplesmente se despediu de minha amiga com a mesma efusão de afeto com que chegou e, não disse nem um “tchauzinho” para mim. Realmente, neste caso real, paira no ar um verdadeiro questionamento. Pois, a atitude fria e passiva da intrusa, demonstra claramente, de como somos tratados em geral. Além do que, eu em si, naquele momento de isolamento me senti um zero a esquerda, não sabia se me retirava ou ficava ali como uma estátua aguardando o desfeche da conversa. Na verdade, é simplesmente inadmissível viver uma situação constrangedora desta natureza. Sei lá, eu naquele momento fiquei muito sem graça e me senti jogado para escanteio, lamentavelmente. E, aproveitando a carona, gostaria de acrescentar mais uma passagem real para ilustrar os acontecimentos, como segue: “Certa vez, me contaram um caso verídico acontecido em uma empresa há alguns anos atrás, que tinha lá um funcionário graduado que gostava muito de ser chamado de doutor. E, como não custava nada massagear o ego dele, assim, passaram todo tempo em que ficaram juntos usando esse tratamento diferenciado para com o distinto. Ocorre, que quando se aposentaram, continuaram com a mesma atitude, ou seja, doutor daqui, doutor dali. Porém, num belo dia o referido graduado falou numa espontaneidade incrível: “Hei, pessoal, vamos largar de “frescura”, me chamem pelo nome direto, podem tirar o doutor”. Foi exatamente neste momento que olharam fixamente para ele e disseram: “Hei doutor, agora não está dando para entender, pois, quando trabalhávamos juntos, quando poderíamos ter tido oportunidade de sermos mais chegados ou amigos de verdade, fomos afastados por você, propositadamente, agora para nós você vai continuar sendo o doutor”. Na verdade, neste mundo meio doido, é muito mais fácil se aproveitar da materialidade que o mundo oferece, do que, da caridade que está disponível a todos pela graça de Deus. Infelizmente.