Afinal de contas, somos nada ou não? Sim, somos pó, portanto, não somos nada. Existe um número infinito de pessoas que ainda vivem se perguntando, afinal quem sou eu? Como resposta, deparamos com milhares delas, mostrando a cada um de nós a realidade da vida, na qual, nos mostra que querer ser o que não é, não está com nada. E, infelizmente muitos demoram, demasiadamente, para reconhecer que de fato, não é nada. Vemos no desfile da vida, várias qualificações de nossas figuras, na maioria das vezes, frustrantes, porém, imperceptíveis para muitos. Apenas para exemplificar, vamos relacionar algumas fantasias de ostentação que alguns apresentam, umas são verdadeiras e, outras não, como segue: Eu sou o Dr. Fulano de tal, eu sou o que sou, sem eira e nem beira, eu sou filho de fulano, eu sou um pecador, mas, poucos reconhecem, eu sou soldado, eu sou amigo do seu fulano, eu sou professor, eu sou lixeiro, eu sou pedreiro e, vai por aí afora. Inobstante, a pergunta do texto seja tão complexa, a ponto de, na maioria, das vezes, nos deixarem perdidos sobre a nossa existência, se somos nada ou não! Aliás, pode parecer embromação, mas, certo é que, existem muitas pessoas que envelhecem antes do tempo, por acúmulo excessivo de preocupações em ter mais e, não, em ser mais. E, quanto a afirmação de que não somos nada, significa que ninguém, mas ninguém mesmo, irá tirar vantagens eternamente. Todavia, Deus em sua plenitude, colocou para nós na terra, um divisor de águas, onde, quando ocorre nivela, necessariamente, as pessoas, que é a dor. Portanto, queridos a dor coloca a todos nós num mesmo plano, uma vez que a dor é igual para todos e, é ela que nos faz sofrer e, automaticamente, nos faz refletir, que somos todos iguais, ou seja, somos todos pó. Como um exemplo único e singular podemos considerar a morte, como o encontro da dor, refletida como um sentimento de isolamento e separação jamais comparado com outra dor qualquer. Outra dor inimaginável que podemos considerar, segundo a ótica de cada um, é a do filho drogado, já chegaram pelo menos imaginar, o grau da dor, principalmente da mãe, diante desta fatalidade da vida. Um ente querido doente, traz grandes sofrimentos, tanto para o enfermo quanto para os demais que o assistem. Existem milhares de exemplos de situações que nos colocaria em meditação permanente, é só observar que quase todo santo dia, nos deparamos com situações semelhantes, ou seja, um fato novo. Embora, as coisas aconteçam diariamente, há muitos narizes empinados que afirmam e dizem que as fatalidades, não vão acontecer com eles, pois, ela está sempre na casa do vizinho. Considerando todos esses fatores adversos, seria bem mais racional se tomássemos consciência de que realmente não somos nada, portanto, somos apenas pó, sem discussão. Por outro lado, se a nossa consciência fosse de que não há nada a fazer e, não podemos evitar os acontecimentos, as coisas, certamente, funcionariam bem melhores. Depois desta alerta, só nos resta acordar para a vida, deixando de lado o orgulho inútil. E, se não der para colaborar com o todo, pelo menos, tentemos não ser empecilhos, pois, a nossa obrigação é sermos útil a sociedade, no mínimo. Assim é que devemos valorizar a vida, com humildade suficiente, afim de, que a nossa consciência nos possibilite ver com clareza como somos tão pequeninos diante da grandeza de Deus. Em vivendo assim, certamente, estaremos colaborando com o todo e, por outro lado, teremos grandes chances de sermos felizes por dentro e por fora, mesmo sendo pó.
Arquimedes Neves – Nei
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