Soluções emocionais, quase sempre, fracassam.

Já faz um bocado de tempo, pelos menos uns trinta anos atrás, normalmente e de forma quase que precipitada as coisas eram resolvidas radicalmente, ou seja, não existia solução paliativa e, nem manutenção preventiva. Só para exemplificar, quando se tinha uma dor de dente, o profissional tinha como atitude imediata amenizar a dor do paciente ou, extirpá-la, instantaneamente, procedendo a extração do referido incomodo, ou seja, arrancava o dente e pronto, problema resolvido. Assim sendo, partindo deste costume, podemos prognosticar que não havia por parte das pessoas, preocupação nenhuma em analisar, possíveis alternativas outras que, pudessem pelo menos amenizar a situação. E, o pior de tudo isso, é que ainda continuamos atualmente agindo sempre pelo lado emocional, desprezando, quase sempre o lado correto da razão. E, com uma certeza quase que absoluta, com este tipo de ação emocional, na maioria das vezes, vai proporcionar resultados contrários ao esperado. Uma vez que em alguns mais e, em outros menos, o momento emocional tem duração relativa, considerando a extensão do fato que é proporcional ao sentimento, levando-se em conta o equilíbrio emocional de cada um. Em assim sendo, se nos valermos somente da emoção que nos domina no momento, certamente, quando as coisas ficarem mais tranquilas vamos perceber, claramente, que vai haver necessidade de readequar o quadro, anteriormente, definido. Uma vez que será notório observar que os resultados não foram os esperados. Ou por outra, no ápice da emoção somos levados a praticar ações desordenadas, as quais, fatalmente, nos conduziram para caminhos ficticiamente corretos. Porém, depois do clamor, vamos ver que, realmente, não era aquilo que queríamos. Todavia, somos imprevisíveis, relativamente, às decisões que sempre tomamos no calor das emoções. Fatalmente, estaremos envolvidos aos acontecimentos que nos proporcionaram resultados indesejados. Interessante é que sobre esse assunto de querer resolver tudo no sufoco, nos coloca muitas, das vezes, como diz o ditado, em “saia justa”. Mesmo sabendo disso nada nos faz controlar o nosso ímpeto para refrear nossas ações baseadas em momentos emotivos. Desta feita é incondicional à atitude tomada nestes momentos, tanto é verdade que podemos considerar como parte da reação humana. Portanto, não há como nos livrar de que, de tempos em tempos, estarmos procedendo como o velho ditado diz: “quem tem pressa e, age instantaneamente, sem usar a razão, come cru e quente”. Geralmente, sempre queima a língua. Então, de tudo que narramos, fica bem claro e cristalino que o imediatismo, ilusoriamente pode dar a impressão de que quando agimos assim, vamos ganhar muito tempo e, com soluções de finais felizes. Ledo engano, uma vez que fortes emoções tendem a desequilibrar seus portadores. Portanto….

Arquimedes Neves – Nei

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