Será que é só eu é que estou certo?

Que o mundo é um tanto quanto desequilibrado isto todos nós sabemos. Tanto é verdade, que existem pessoas das mais variadas personalidades possíveis e inimagináveis. Só para início de conversa nos deparamos volta e meia com pessoas que o próprio Einstein, se vivo estivesse, ficaria devendo favores aos mesmos, tais as posturas arrogantes por eles demonstradas nas colocações que fazem e/ou participam. Tal é o absurdo de tais cabeças que se, por acaso, entram na contra mão de direção de uma rua qualquer, logo vão pensar e achar que todos os demais que transitam no sentido contrário estão errados e, somente ela, aquela figura ridícula é que está certa. Aliás, quando pessoas desse naipe num lampejo isolado de lucidez percebem que ninguém lhe é simpáticas, então, devem aproveitar esse momento de “pés nos chãos” e, analisar se são os outros que não são simpáticos ou, se são elas mesmas que são antipáticas. Todavia, considerando as figuras dessa espécie que conheço, geralmente, são imutáveis e, mesmo que aconteça uma catástrofe inominável, dificilmente, vão mudar seus caracteres desagradáveis e, arrogantes. Acontece, porém, que inobstante essa inerência de personalidade deturpada, torna-se quase que inevitável para todas as demais pessoas que as cercam ficar com o grau de tolerância um tanto quanto abalado. A ponto de, às vezes, extravazar o tratamento normal, tornando-o um pouco agressivo, fugindo assim da normalidade das pessoas sociáveis. Ocorre que aquelas pessoas que acham que somente elas estão certas, sem sombras de dúvidas, são pessoas impertinentes e, que aborrecem qualquer um sem fazer o mínimo esforço. Haja vista, que elas com uma facilidade a toda prova conseguem deixar as demais pessoas com os nervos a flor da pele, pois, a conversa sempre tem a conotação de diminuir o outro. Por outro lado, nos constrange enormemente quando ficamos irritados com questões dessa natureza, isto porque no final das contas, vamos viver momentos de aborrecimento interior por conta de uma situação que não mereceria em nenhum instante amargurar o nosso coração. Devido a incompreensão de pessoas que parece ter o prazer de serem chatas e desagradáveis, temos que suportar essas companhias, que acima de tudo têm a vontade voltada para agradar simplesmente o seu ego e, não importa quanto custa. E, para refletir com maior clareza esse pedantismo de certas pessoas, que ao invés de viver a vida em bom convívio com os semelhantes, preferem se auto destacarem, independente do mal que possam causar as demais pessoas, acrescentamos um conto, como segue: “ Dizem que Deus convidou um homem para conhecer o Céu e o Inferno. Foram, primeiro ao inferno. Ao chegarem lá, viram uma sala, no centro havia um caldeirão de sopa. Em volta dele estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher de cabo comprido que lhes permitia alcançar o caldeirão, mas, não as suas próprias bocas. O sofrimento era imenso. Em seguida, Deus levou o homem para conhecer o Céu. Entraram numa sala idêntica aquela existente no inferno, que tinha também um caldeirão de sopa. As pessoas em torno, as colheres de cabos compridos. A diferença é que aquelas pessoas que ali se encontravam, estavam todas satisfeitas e saciadas. Disse o homem: eu não compreendo! Por que aqui as pessoas estão felizes, enquanto na outra sala sofrem com tanta aflição, se tudo é exatamente igual? Deus respondeu sorrindo: É que aqui elas aprenderam a dar comida uns aos outros.” Assim, é muito importante saber que na vida, enquanto, ficamos preocupados em querer ser o único que está certo, correndo o risco de passar fome com o caldeirão cheio de comida, ao passo que para ser feliz basta descobrir que a colher de cabo comprido é própria para servir e, não para ser servido.