Sejamos pelo menos um zero a direita e, não a esquerda

Não deixa de ser uma pergunta meio intrigante. Tendo em vista que, muitos se acham, o dono da “cocada branca”, ou seja, melhores de todos, sem possibilidade alguma de comparação com alguém. Pobres infelizes, pois, quando caírem na realidade a decepção, os massacrará. Uma maioria significativa, sem pelo menos se aperceber, passam, pela vida indiferentemente, as suas maravilhas e, depois mais tarde mesmo, veem o descalabro que praticou. Considerando, que naquela trajetória infeliz se preocupavam que outras coisas, tinham objetivos avessos a vivência, por exemplo, visavam fazer fortunas e, outras metas diferentes. É óbvio o bastante que existem pessoas que passam a vida toda querendo ter mais, quando o correto seria querer ser mais. Tal postura, sem dúvida alguma, provoca em pessoas desta natureza, preocupações desnecessárias. Quando da aproximação de outros, acham que todos estão contra si, enxergam as demais pessoas com total desconfiança. Inevitavelmente, o orgulho e o medo são seus principais companheiros. Na verdade, quem somos nós? A resposta fica bem clara de que não somos nada, uma vez que o ato ilícito de querer sempre tirar vantagens, nunca se perpetuará, pois, ninguém, mas ninguém mesmo, tirará vantagens eternamente. E, por conta disso, é possível afirmar que a única forma de nivelar as pessoas é pela da dor, infelizmente. Na dor somos todos iguais, não existe classe social e, inexiste em todo o planeta algo que nos faça diferenciar uns dos outros. Incondicionalmente, é na dor é onde nos igualamos, uma vez que a dor da separação não tem remédio, restando o consolo, que ameniza, mas não retira o sentimento de tristeza do desenlace acontecido. Um filho em situação de dependência química deixa a todos inconformados, principalmente a mãe. Uma pessoa em condição de enfermidade, entristece a todos, traz penúrias e sofrimentos, para si mesmo e, por aqueles que o cercam. Existem exemplos aos montes, é só observar que todos os dias somos informados de fatos novos acontecidos, nos colocando em permanente meditação. Mas, como sempre estamos achando que as fatalidades não acontecem com a gente, esta postura é um engano sem precedentes. Haja vista que sempre estamos à mercê dos acontecimentos, somos presas fáceis das coisas do mundo. Em sendo assim, é praticamente impossível ou inevitável a nossa participação, somos os atores no teatro da vida, não tem jeito de não participarmos. Em vista disso, seria de bom alvitre que tomássemos consciência de que é necessário fazer todos os esforços possíveis e imagináveis para que sejamos sempre o zero da direita, pois, certamente, as coisas funcionariam melhores. Não há dúvida alguma de que, a vida passa por nós numa velocidade quase que supersônica, pode ser que essa rapidez nos deixa desaperceber as perdas de oportunidades que deixamos para trás. Ficando, portanto, refém de um passado que não volta e, de um presente difícil de vivenciar. Devemos, pois, valorizar intensamente cada dia com humildade suficiente e, ter a consciência de saber o quão pequeno somos diante da grandeza imensa do universo de Deus. Só assim seremos felizes por dentro e por fora, certamente, seremos sempre o zero da direita.

Arquimedes Neves – Nei

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