Em quase tudo que fazemos ou, ouvimos dizer, parece que sempre há contra ou favor, embora tais controvérsias, muitas das vezes, são salutares. Isto porque não é nada produtivo a gente ficar sempre dizendo amém, ou, pelo contrário, usando a exclamação: “Deus me livre”, quando não concorda. Conseqüentemente, é interessante notar que, na maioria das vezes, quando qualquer assunto ou idéia é debatido, existem os sins e os nãos. Porém, o que nos intriga, sobremaneira, é que de ambas as partes, ou seja, tanto os que aprovam, quanto aos que rejeitam, uma maioria expressiva toma atitudes radicais sem precedentes, apenas pelo fato de querer fazer valer a sua posição. Certamente, tais atitudes nunca favorecem ninguém, inclusive, aqueles que usam deste expediente sem, às vezes, ter argumentos e posições definidas para tal, só o fazem pelo simples motivo de ser contra. Aliás, se os que assim agem soubessem o quanto tais atitudes são danosas para todos, inclusive, para os próprios autores destas posições intempestivas. Uma vez que todos sabem que grande parte das doenças depressivas é advinda de reações estressantes e, que provocam as mais variadas condições de dependências e, por vezes, em situação de permanência infinita. Interessante que muitos não gostam quando fazemos comparações da vida de antigamente com a vida de agora. Uns acham o que passou, passou e, normalmente não voltam mais. Todavia, é certo também que neste mundo atribulado, se faz também, até por uma medida de lenitivo que se pode usar pensando nestas duas épocas tão distintas e, por que não dizer tão distante. Embora, os mais novos só conhecem o passado por meio de literatura, ou alguns mais felizardos, através de narrações dos mais velhos, os quais, a maioria deles vive atualmente, de nostalgia, de saudades e lembranças que foram os alicerces de tudo que hoje temos. Hoje mesmo estava papeando com um velho amigo, aliás, mais amigo do que velho e, falávamos justamente isso, ou seja, do antes e do depois. Na verdade, chegamos a uma conclusão do porque da aversão natural que as novas gerações sentem pelo passado e, não gostam muito de fazer comparações entre si. Ademais, para surpresa nossa, a desculpa dada de que o passado já passou e, não volta mais, não é realmente o motivo verdadeiro da antipatia demonstrada. O verdadeiro motivo está na constatação de que o passado era realmente melhor do que este presente de agora. E, quando falamos melhor é no sentido mais literal da palavra, isto porque podemos, sem nenhuma distinção, afirmar que qualquer coisa que formos colocar para promover uma comparação, o passado se destaca soberano. Senão vejamos, no quesito Educação, sem sombras de dúvidas, as crianças quando completavam o nível educacional do ensino fundamental, ou seja, o primário estava todas estritamente alfabetizadas. Hoje, infelizmente, o quadro é lamentável, pois, a maioria, nem escrever sabem e, não conhecem nada, o nível desceu vertiginosamente, com tendência a piorar. Em tempo, podemos comentar também que a Educação no sentido de tratamento e respeito entre as pessoas, a nota da geração de agora é menos que zero, haja vista que inexiste este expediente no comportamento atual. Aliás, infelizmente, os idosos de maneira geral são apenas estorvos e, totalmente descartáveis. Olha pessoal, a mim e a muitos que estão vendo esta degradação crescente, sente que de fato estamos caminhando de mal para pior. E, com uma dor muito grande no coração, a minha cidade que era antigamente a cidade das brisas suaves, a cidade hospitaleira, numa velocidade muito acelerada está virando uma cidade comum. Além disso, me parece que agora recentemente um dos periódicos da cidade publicou que de janeiro a junho/17, tivemos mais ou menos uns 400 acidentes de toda natureza. Afora isso, considerando a região também temos tido diariamente notícias de crimes os mais variados possíveis, dando um alerta a população de que não tão mais hospitaleiros como dantes, agora estamos no nível das cidades violentas e perigosas. Aí você comenta com alguma pessoa sobre estes fatos desagradáveis sobre a cidade e, inacreditavelmente, temos como resposta de que isso é sinal de que a cidade está crescendo. E, se isto for parâmetro de crescimento, então realmente é um fato definir de que antigamente era bem melhor viver aqui do que agora, onde as pessoas já não se conversam mais nem com os próprios vizinhos, embora existam muitas pessoas que nem conhecem seus vizinhos. Pois, devido os assaltos constantes e, outras inquietudes existentes, próprias de cidades maiores, que é o nosso caso agora, há necessidade de se cuidar melhor, se proteger melhor, com muros altíssimos, portões invioláveis, provocando, automaticamente, uma prisão domiciliar para nós mesmos, enquanto os marginais andam livremente soltos por aí. Infelizmente, esse é nosso destino, perdemos nossos aconchegos em troca de um crescimento malvado e cruel, enfim, não há retorno, pois, como já foi dito o passado não volta mais, mas, mesmo assim se existisse o Gênio da lâmpada, faria apenas um pedido: “gostaria de ter a minha Votuporanga de volta, simples, modesta, acolhedora e, acima de tudo humana, ou seja, menos estressada”. Saudades.