Respeito é bom e, é de graça.

A bem da verdade, o título acima, diz tudo, pois, além de ser de graça, mesmo assim, temos na maioria das ocasiões, dificuldades mil, para manter a linha do respeito, principalmente aos mais idosos. Numa certa ocasião, me deparei num bate papo com um casal amigo, casados e já com dois filhos adolescentes. Em um determinado momento da conversa, lhes perguntei com todo respeito, por que é que eles, permitiram aos filhos os chamarem de você, ao invés de senhor ou, de senhora. A pergunta, sem que minha intenção fosse essa, provocou um espanto muito grande no casal amigo. A princípio fiquei chateado, porém, pela amizade existente, entre nós, não demorou muito para a gente se estabilizar novamente e, voltarmos ao assunto. Responderam-me que de fato a princípio acharam meio desrespeitoso o tratamento vindo deles para nós, obviamente, é certo que tal tratamento acontecia também com as demais pessoas, independentemente, de serem mais velhos ou não. Embora, lá no fundinho, eles também achavam que o tratamento não estava certo, mas, cederam a força dos tempos modernos. Infelizmente, queridos leitores (as), estamos como meu finado pai dizia: “estamos num mato sem cachorro”, ou seja, estamos perdidos e mal pagos. Considerando todas essas mazelas, podemos acrescentar mais alguns exemplos para ilustrar a nossa tristeza. A saber, os queridos professores que nessa trajetória toda, foi uma classe completamente dizimada e desmoralizada. Podemos citar nos nossos tempos passados, lá pelos idos de 1.950, professor era considerado, com muita honra e respeito, como sendo o “filé mignon” da sociedade da época. A degradação foi tão desastrosa que hoje, em data destinada ao professor (a), no dia 15 de outubro, as homenagens são tão acanhadas, isto porque que, não se tem nada para comemorar. Adentrando um pouco mais pela sociedade, podemos observar alguns outros exemplos inacreditáveis. Só, também, a título de observação, podemos citar que há alguns meses atrás, estava eu ali na calçada da sorveteria Sorvetão, quando chegou um motoqueiro, querendo estacionar sua moto por ali, fez aquela manobra de estacionamento e, por pouco, não atingia uma senhora que estava ali parada. Quando na brusca manobra de ré, a moto ia fatalmente atingir a senhora, foi quando o marido, espertamente, tirou a esposa com um puxão pelo braço e, evitou o pior. Em seguida o senhor, admoestou o motoqueiro, dizendo: “companheiro, você não viu a gente, cuidado, porque você pode machucar alguém. ” e. por incrível que possa parecer, o motoqueiro mostrou em resposta, um dos dedos da mão, naquele gesto obsceno que todos nós conhecemos, demonstrando uma total falta de respeito acima de tudo. Infelizmente, queridos leitores (as), estamos caminhando muito rápido para uma total irracionalidade. É, só fazer uma análise bem apurada, sobre o ontem e o hoje, aliás, não se precisa ser muito inteligente para ver a transformação. Resumindo, cremos que por sermos seres humanos racionais, temos plenas condições de nos tornarmos irracionais e, é para lá que estamos caminhando. Acorda pessoal, o respeito é bom e, é de graça e, aproveitando o embalo desta constatação, seria de todo conveniente de que nos conscientizássemos e, numa tacada de mestre fizéssemos o ponto mais importante de toda nossa vida, ou seja, discernir que o pai não é amigo do filho, ele é apenas e simplesmente pai do filho e, vice-versa. Cientes desta hierarquia, obviamente, as coisas entrariam nos eixos facilmente, sem dúvida alguma.

Arquimedes Neves – Nei

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