Dia destes, fiz uma reflexão profunda tentando me colocar como sou no mundo atual, analisando todas as suas turbulências e, como reagem os meus comandos no contato com os demais irmãos. Acreditem, não fiquei totalmente feliz e, por outro lado, também não fiquei muito decepcionado. Porém, é correto afirmar que dessa reflexão, pude tirar proveitosas conclusões, das quais, apurei que preciso melhorar um pouco mais do que já sou. A princípio, é próprio de todos nós, acharmos que as demais pessoas tenham que agir ou fazer tudo igual ao que fazemos ou agimos. Isto ocorre devido ao nosso excesso de egocentrismo, pois, temos o péssimo defeito de achar que sabemos tudo. E, para ilustrar melhor, podemos citar uma frase do pensador Beto Braga, que diz: “Quem pensa que sabe tudo não sabe nada e, acaba pela estrada vagando igual à alma penada”. Confirmando o dito acima, é certo que quem assim procede pratica uma tremenda estupidez sem precedentes. Haja vista, que condutas como estas ferem frontalmente aos próprios desígnios do Criador, que estabeleceu para nós ao nos criar que seriamos semelhantes e, não iguais. Portanto, um dos primeiros passos de uma convivência sadia entre os seres, seria a de se manter um respeito mútuo, sem questionamentos desnecessários e, considerando as pessoas como realmente elas são. E, prosseguindo na reflexão pode-se perceber que em outros momentos, normalmente com uma frequência quase que regular, interferimos na vida dos outros por querer ajudar ou, por simples ingerência, querendo apenas atrapalhar. Em muitos casos, essa intromissão graciosa se faz para conseguir ficar a par das intimidades alheias. Cujas quais, geralmente, viraram “fofocas” em bocas maliciosas que só servem para denegrir imagens de pessoas. Embora, possa parecer um paradoxo, o ato de ajudar as pessoas é uma missão muita arriscada. Tanto é verdade que muitos pais no afã de agradar aos filhos, exageram na dose ofertando carinho excessivo, sem preocupação nenhuma, de promover aos mesmos um amor mais exigente. O qual, sem dúvida alguma, possibilitaria aos filhos condições naturais de conseguir um futuro promissor. No entanto, escolheram o caminho errado para a educação, ou seja, talvez por comodismo ou por ignorância, então, tentando ajudar, infelizmente, atrapalharam. E, o médico na sua magnitude de salvar vidas, errou no diagnóstico ou na execução de outras práticas profissionais. Quando, na verdade, a sua preocupação maior e principal, era tão somente ajudar aquele paciente. Que o via e vê, como instrumento do Senhor, para salvá-lo daquela terrível angústia de sofrimento que só a doença é capaz de transmitir. Serve também para o padre que pensa, aliás, erroneamente, que apenas o seu jeito de ser e de falar teria o condão de tirar alguém do fundo do poço, para tanto, é preciso muito mais. Por isso que nas minhas reflexões sobre esse particular em ajudar as pessoas, mostrou-me estranhas maneiras de recepção da parte favorecida. Sendo assim, ficou-me bastante claro que as pessoas na maioria delas, não veem a caridade recebida como boa intenção de nossa parte e, sim, também daquilo que passa em suas mentes. É de conhecimento de todos, de quantas e quantas vezes fomos mal interpretados ao tentar ajudar. Todavia, a beleza de nossa consciência benevolente está em nunca desistir do assistido. Uma vez que não podemos jamais após algum revés no atendimento, rotular todas as pessoas como se fossem iguais. Usando assim, esse pequeno incidente para nos desculpar em parar de acudir as pessoas. E, para tanto, devemos em nossa outra tentativa, tentar ser mais condescendente, conversar mais, porque às vezes, o que mais uma pessoa precisa no momento é de uma boa conversar com alguém, só isso. Finalmente, em resumo a minha reflexão deixou-me um recado, como segue “Não se esquecer nunca de que somos falíveis, portanto, sujeitos a chuvas e trovoadas.