Quem é o meu próximo?

Num dos gloriosos Evangelhos de Jesus, estando Ele reunido com uma pequena multidão, falava sobre o próximo, todavia, um dos ouvintes interrompeu o Mestre e, perguntou: “Senhor, quem é o nosso próximo?” O Senhor levantou os olhos e narrou-lhes a seguinte parábola: “Um andarilho, viajava a pé na estrada que liga Jerusalém a Jericó, de repente, foi abordado violentamente por assaltantes que lhes bateram muito e, o abandonaram sem forças, muito machucado e, quase morrendo. Passou um padre pelo local olhou de longe do outro lado da estrada, benzeu a distancia e foi embora. Logo em seguida passou um levita, agiu igualmente e, foi embora. Mais tarde um pouco, passou um samaritano, olhou aquele quadro desolador, sentiu compaixão do estranho ferido, parou cuidou das suas feridas e, em seguida colocou-o em cima de seu cavalo e o levou a um pequeno povoado perto dali, onde se hospedou juntamente com o moribundo. Na manhã seguinte ao ir embora, deixou o doente no quarto e, recomendou ao hospedeiro, tome este dinheiro pelo aluguel do quarto e, aí tem mais para continuar o tratamento do acamado, quando eu voltar, daqui uns dias, se houver mais despesas eu pagarei. Despediu-se do hospedeiro e partiu. Após a narrativa Jesus, levantou os olhos e indagou ao que tinha feito a pergunta: quem foi o próximo do homem assaltado? Aí um doutor da Lei, responsável pela pergunta, respondeu: foi aquele que teve misericórdia para com ele. Então, Jesus completou, vai e faça o mesmo.” E, em assim sendo, é fato de que neste mundo conturbado, o altruísmo, a abnegação e a doação são virtudes de poucos. E, por conta disso, é bem evidente que a preocupação e disponibilidade da maioria das pessoas são totalmente desviadas para milhares de outras coisas. Menos dar um pouquinho de atenção, nem que seja apenas um olhar em direção ao próximo necessitado. Independentemente disso, será que em nossas cabeças já tivemos tal preocupação, aliás, a gente não tem nem idéia de quantos “anjos da guarda” vão espontaneamente a hospitais visitar doentes e, que na maioria deles nem são seus doentes. Apenas vão para fazer companhia, jogar conversa fora e, também no intuito de levar um pouquinho de esperança, lembrar de Deus através de orações e, dar o ombro para um acalento mais contemplativo da divindade. Aliás, é nesse particular da atenção é que o visitado deseja ser lembrado, ser importante, mesmo acamado. Infelizmente, sempre nos falta tempo para tais compadecimentos, a nossa agenda está sempre cheia e, normalmente, um dia só nunca é suficiente para cumprir todos os compromissos.  Certamente, tais preocupações de visitas à doentes em hospitais, mesmo que sejam parentes próximos, não encontram espaço disponível, considerando as nossas obrigações diárias que nos sobrecarregam, portanto… Por outro lado, embora, possa parecer um paradoxo, podemos ver pessoas abnegadas transvertidas de “anjos da guarda” em asilos e creches, cuidando dos extremos. Ou seja, velhos que agem com crianças e, crianças que vivem com estranhos generosos que cuidam deles como se fossem seus. E, neste rosário de atendimentos samaritanos, não podemos nos esquecer daqueles que incansavelmente cuidam dos internos das APAE, na verdade, não existe nenhum adjetivo que possa qualificar tal disponibilidade. Uma vez que aquelas criaturas vivem mergulhadas em seus mundos e as pessoas que as cuidam mergulham juntas para estar o mais próximo possível daquela realidade. No entanto, nem tudo é indiferença, sabemos que existem grupos de jovens dispostos a reverter tal situação. Estamos falando dos grupos denominados “palhaços da alegria”, compostos de jovens anjos da guarda que, graciosamente, se disponibilizam em favor do próximo. Podemos acrescentar neste rol de pessoas abnegadas, os grupos religiosos, os quais também se propõem a estes propósitos de pura caridade. E, com o maior desprendimento possível vão visitar asilos, hospitais, instituições de toda sorte de habitantes necessitados de uma pitadinha de amor e atenção, sendo que realmente é só disso que eles precisam nada mais. Obviamente, só falamos dos próximos não tão próximos, contudo, pai, mãe, irmãos, avós, tios, sogros e sogras, amigos são os nossos próximos mais próximos e, naturalmente merecem muito mais a nossa deferência especial. Então, turma, mãos a obras, pois, na maioria das vezes eles só têm a nós e, aí!  Abraços para quem é de abraços, beijos para quem é de beijos e, os dois para quem gosta de mais. Tchau.