Lendo rapidamente, pode até parecer uma indagação comum que qualquer pessoa responderia com facilidade, porém, a pergunta guarda um significado muito importante que convém até a gente se aprofundar mais no assunto. Podemos então destacar duas respostas que poderiam ser feitas pelas pessoas para tentar se situar no assunto, da seguinte forma: Uns e, por sinal, cremos que a maioria das pessoas poderia responder “quem é o meu próximo”, da seguinte maneira: o meu próximo é aquele que está perto de mim. Se formos pensar geograficamente, quem assim respondeu está literalmente certo. Todavia, outros mais introspectivos com as coisas do alto, que infelizmente, podem ser poucos, responderiam que: próximo é aquele que precisa de mim. Dá-se para perceber claramente que a distância que separa uma resposta da outra é quilometricamente infinita. Isto porque avaliar e praticar que o próximo é aquele que precisa de nós é de uma elevação celestial sem precedentes, haja vista que na verdade são poucos aqueles que vê o próximo como um irmão. Aliás, dizer que o próximo é aquele que está perto, não significa que ele esteja amparado por nós. Uma vez que, em tais circunstâncias, é onde vemos muitos abandonos e maus tratos acontecendo diante de nossos olhos, sem que arredemos o pé um centímetro sequer para tentar ajudar, inclusive, considerando aqueles que estão muito mais próximos, pois, são nossos irmãos de sangue. Quem é o meu próximo, o próprio Evangelho define naquela passagem em que Jesus responde a pergunta a um doutor da lei, não se sabe se a pergunta foi feita para testar o mestre Jesus ou era apenas ignorância do distinto interlocutor, mas, assim mesmo Jesus conta uma parábola que veio mesmo a calhar sobre o “bom samaritano”, a saber: ”disse o mestre, que certo homem caminhava solitariamente, pelo caminho que o conduziria a cidade de Jericó e, do nada surgiram ladrões e o assaltaram roubando-lhe tudo, além de espancá-lo, deixando-o em estado deplorável, jogando-o a beira da estrada, pronto para morrer. Casualmente, um sacerdote estava passando por ali e, viu o homem jogado ao chão todo machucado e, passou para o outro lado da estrada e seguiu em frente sem ao menos dar a menor atenção, alegando, mentalmente, que tinha outros afazeres e não podia ficar ali perdendo tempo com aquele moribundo. O mesmo aconteceu com um levita que viu o homem, passou pelo outro lado e seguiu também em frente sem dar socorro àquele necessitado. Por fim um samaritano que estava viajando, ao ver aquela cena, desceu de seu cavalo e começou a animar o estranho, colocou remédio em suas feridas, acomodou-o caridosamente na garupa de seu cavalo e, com muito cuidado levou-o a uma hospedaria. Lá teve mais caridade com o pobre homem, deu-lhe um bom banho e, o colocou na cama, antes, porém, aliviou sua fome com um bom prato de sopa quentinha, preparada pelo caseiro. No dia seguinte, continuou a viagem, porém, antes, deixou um dinheiro com o hospedeiro, recomendando-lhe que cuidasse bem do homem e, lhe disse que quando voltasse, acertaria a diferença a mais que o hospedeiro pudesse ter gastado. Falado tudo isso, então, Jesus, perguntou ao mestre da lei, quem teria sido o mais próximo daquele pobre infeliz, o mestre da lei respondeu: foi aquele que teve mais compaixão dele. Então Jesus lhe disse: vai então tu e fazes o mesmo.” E, aí queridos leitores, dá agora para entender quem é o nosso próximo? Agora, somente a título de ilustração, acreditamos que quando ajudamos alguém, sem fazer muita propaganda, sentimos que neste exato momento Deus aquece o nosso coração. Pois, a alegria que sentimos é imensurável e, este ato é pago imediatamente ao vermos os olhos do ajudado brilhando por ter nos encontrado em seu caminho. Diante disso tudo, só nos resta perguntar a nós mesmos: dá ou não dá para sermos um samaritano ou, seja, ajudar sem saber a quem, apenas por ajudar.