Quaresma, preparação da Páscoa.

Depois, que os afeitos as folias do carnaval, que ao nosso ver é uma maioria bem significativa, apagaram os fachos e guardaram as fantasias, nos parece que chegou o momento de se começar o ano de 2.020. Isto tudo, é devido a existência de um ditado popular, que diz, mais ou menos assim: “ No Brasil, realmente o ano só começa, depois do carnaval”, portanto, acabou a festa, vamos arregaçar as mangas das camisas e, partir para a luta, o que, aliás, não é uma batalha fácil. Mas, sem outra alternativa mãos à obra e, esperemos a próxima folia chegar. Embora, não tenha participado em nenhum momento das festanças momísticas, houve tempo suficiente para outras ociosidades, tais como: assistir televisão de filmes reprisados, além da preguiça presente nestes dias, onde não se tem nada o que fazer. E, para não ficar totalmente ocioso, tive a feliz ideia de folhear, ou mesmo escolher alguns livros para me dar mais conhecimentos e, por que não dizer para que eu pudesse crescer mais, literalmente falando, pois, é o que realmente acontece às pessoas diante de leituras sadias e interessantes. Gente, podem não acreditar, mas foi através de uma leitura destas que, de repente, me vi diante de uma indagação sobre a conversão. Na verdade, convenhamos que, o momento era apropriadíssimo, pois, tendo-se a disposição a libertinagem carnavalesca, seria, tão somente, por pura condição divina que alguém tivesse à mão um livro, versando totalmente ao contrário, ou seja, a possibilidade da conversão. Assim é que, inobstante a todas as facilidades disponíveis, nos chega a hora de parar e desligar daquilo que nos prende materialmente, afim de que possamos fazer um exame de consciência. É sabido que a cultura, misturada com a tecnologia, nos tornam presas fáceis da matéria, consequentemente, nos reduz a escravos do pecado e, de todas as facilidades que o mundo nos oferece. Já que tivemos o momento benfazejo de pensar na conversão, podemos pegar uma carona neste início de quaresma, para aproveitar ela toda, na convergência de seu ponto máximo que é a festa da Páscoa da Ressurreição. Onde vamos nos arrepender de nossos pecados, para tentar   mudar algo em nós, para tanto, o esforço deverá estar concentrado para sermos melhores e, obter a vitória de estarmos mais perto de Cristo. Na quaresma, Cristo nos convida a mudar de vida (conversão). Por isso, a quaresma é o tempo de perdão e da reconciliação fraterna. Na quaresma, aprendemos a apreciar e conhecer a cruz de Jesus, com isso, aprendemos também a tomar nossa cruz com alegria para alcançar a glória da ressureição, a quaresma, portanto, é o tempo forte de oração, de jejum e, de atenção aos necessitados. Por outro lado, é bom saber que Deus em sua infinita bondade sempre está a nossa espera, Ele nunca nos abandona, porém, o contrário é verdadeiro, somos nós que o abandonamos. Se formos pensar bem, basta, olhar pela janela, ou melhor, verificar ao nosso de redor, para constatarmos de pronto as mazelas da vida. De fato, o nosso esforço não precisa ser gigante para termos essa constatação, pois, tudo isso está aí diante de nossos olhos e, para tentar amenizar esta avalanche de misérias, necessário se faz, procedermos como perpetuado na parábola do filho pródigo, ou seja, “voltar a casa do Pai”. E, oportunamente, a quaresma está aí como uma excelente ferramenta para ajudar diminuir a peregrinação desta caminhada. Amém.

Arquimedes Neves – Nei

www.neineves.com.br.