Primeiro é preciso gostar de si mesmo.

Pode parecer esdrúxula esta colocação acima, todavia, é um ponto de vista extremamente correto, uma vez que se a gente não se gosta, impossível será gostar dos outros. No dia a dia encontramos uma quantidade significativa de pessoas que não cumprimentam ninguém, não dá um sorriso, não dispõem de atenção para nenhum tipo de questionamento. Aliás, vivem como se o mundo fosse demasiadamente pequeno para ser ocupado por eles e os demais. Portanto, acham que é muito mais salutar que impere o individualismo. Atitudes deste naipe é que tornam as coisas mais difíceis, fazendo parecer que a vida não é realmente lá grande coisa. Por isso, somente tais comportamentos arredios são os que nos levam a ter uma visão obscura da convivência cotidiana. Tanto é verdade que numa passagem bíblica é ressaltado a importância capital que há no convívio entre as pessoas. Pois, a preferência divina reafirma categoricamente que é muito mais agradável a Deus a convivência respeitosa, afetiva e, acima de tudo caridosa entre as pessoas. Quanto à colocação bíblica a respeito, podemos citar Mateus 5, 23, onde diz: “portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e, aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vais reconciliar primeiro com teu irmão, e depois volta e apresenta a tua oferta”. Vejam, portanto, a grande importância de estar bem com o semelhante, para tanto, um dos caminhos é estar bem consigo mesmo. E, podes crer que na verdade esta será uma das prestações de contas que terás que fazer antes de gozar as delícias do reino do Senhor. E, para dar ainda mais um colorido especial na questão, gostaria de acrescentar uma situação inusitada ocorrida com o famoso pianista Arthur Rubinstein (1887 – 1982), ”conta-se que o mesmo chegou um pouco atrasado para um almoço num elegante restaurante de Nova York. Os amigos que o esperavam começaram a ficar preocupados, porém, Rubinstein finalmente apareceu ao lado de uma loura espetacular, com um terço de sua idade. Conhecido por ser pão-duro, nesta tarde, ele pediu os pratos mais caros, os vinhos mais raros e sofisticados. Ao final pagou a conta com um sorriso nos lábios. Sei que vocês devem estar estranhando, disse Rubinstein. Mas, hoje fui ao advogado fazer meu testamento. Dei uma boa quantia para minha filha, para meus parentes, fiz generosas doações para obras de caridade. De repente, me dei conta de que eu não estava incluído no meu testamento, era tudo dos outros. A partir daí, resolvi me tratar com mais generosidade”. Portanto, primeiro é preciso se gostar de si mesmo, assim, consequentemente, o coração estará aberto para se gostar dos outros também.