Primeiro a mim, depois os outros.

Num longo espaço de tempo, se bem me lembro, tinha dentro da cabeça, um pensamento bem forte, como que, às vezes, fazemos papéis, bem mais diferentes daqueles, dos quais, realmente, estamos vivendo. Por outro lado, é certo também que todos sabem que o relacionamento entre as pessoas é um tanto quanto difícil, considerando as diferenças individuais de cada um. Mas, não é só isso não, temos também para colaborar com as dificuldades próprias existentes nos relacionamentos, o egoísmo, que extravasa a todos os controles possíveis e imagináveis. Todavia, não há como estranhar, uma vez que, já nascemos com essa sementinha, infelizmente. Para tanto, é só observar o comportamento de uma criança recém-nascida, se não está chorando por algum incômodo qualquer, o faz simplesmente para chamar atenção só para si, o egoísmo, já é atitude quase latente. Assim, neste universo de viventes, temos uma divisão bem distinta, pois, existem pessoas, preferencialmente, egoístas e, do outro lado, existem aquelas resignadas, adaptadas à servidão. E, como em todos os momentos, sejam lá eles quais forem, essas pessoas todas, sem exceção, são cobertas pelo manto da hipocrisia, pois, se desculpam por serem assim, com desculpas esfarrapadas, tais como: “nascemos assim, infelizmente, é o nosso destino”. De minha parte acho esse conceito uma tremenda babaquice, uma vez que as pessoas têm os seus estilos próprios. Mas, precisam, necessariamente, no decorrer da vida ir se amoldando, consequentemente, em respeito as pessoas que se fazem presentes na caminhada. Também não podemos nos esquecer que, ocasionalmente, todos são afetados pela irracionalidade, todavia, todos os esforços deveram ser disponibilizados, afim de que o semelhante seja ofendido. Caso, os esforços envidados não tenham sido suficientes e, houve a ofensa, necessário se faz que, num gesto humilde, as desculpas sejam pedidas, na verdade, é o mínimo que se possa esperar. Lamentavelmente, com muito pesar também, temos observado que, ultimamente, pelo menos nas últimas décadas, tem acontecido um crescimento desordenado de pessoas mal-humoradas, sem educação, apressadas, egoístas e, demais predicados que se possam imaginar.  Aliás, o que nos tem mais incomodado sobre o tema em si, é de que o mesmo deriva de vários seguimentos, sendo que o seu destaque principal é a falta de respeito de uns para com os outros. Pensando melhor, que alegria seria para todos, se nós de sã consciência optássemos como regra a conduta da empatia, se colocar no lugar do outro, sentindo as mesmas coisas que o semelhante sentiu. E, se assim agíssemos é de todo conveniente afirmar que a vida seria outra bem diferente, para melhor é claro. Interessante, que para este momento neste tipo de composição, me lembrei de alguém que contou, uma realidade, que a maioria de nós também conhecemos, como segue: “porque será que as mães sempre comem, quando tem, nas refeições o pescoço e os pés dos frangos, partes, normalmente, descartada por todos, menos pelas mães. O caso, é que todos da casa, já definiram suas preferências, uns gostam do peito, outros das coxas e, demais partes nobres, restando para as mães, o quê? Sabe-se também, que existem algumas mães que afirmam ser a parte do pescoço e dos pés, são aquelas que mais gostam. Será que elas gostam mesmo disso! A gente, por acaso já se perguntou isso, para as nossas respectivas mães”. Será que a gente não está broqueada pelo famigerado egoísmo, de que: “Primeiro a mim, depois os outros”. Será…

Arquimedes Neves – Nei

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