Numa manhã camponesa, lá pelos lados das praias deliciosas do futuro estado da Bahia, os navegadores portugueses, comandados por Pedro Alvares Cabral, após quatro dias do descobrimento, ou seja, no dia 26/04/1500, Frei Henrique de Coimbra, frade das caravanas de Cabral, rezou a primeira missa do Brasil. Na oportunidade assistida pelos portugueses presentes e, também pelos indígenas residentes. E, neste espaço entre os anos de 1.500 a 2.018, lá se vão 518 anos desde a primeira missa. E, a partir daí, em passos cautelosos, mas munidos de muita fé, liderados por Frei Henrique, surge o desejo de diante daquela população indígena dócil, porém, pagã, a chance de catequizá-los. E, foi a partir daí, o marco inicial da nossa religião católica no Brasil, hoje soberana e exuberante em todo o território nacional deste imenso país varonil. A propósito, obviamente, guardando as devidas proporções, aliás, não muitas, temos aqui na, anteriormente, denominada “cidade das brisas suaves”, um registro importante contido nos anais da história da comunidade, a saber: “No dia 12/10/58, aconteceu a oficialização da primeira missa celebrada na nova igreja, por Dom Lafayette Líbânio e, concelebrada pelos capuchinhos, Frei Ambrósio Maria de Bebedouro/SP e Frei Arnaldo Maria de Itaporanga/SP. Por se tratar de uma igreja localizada no marco central da cidade, depois, de alguns anos, respeitosamente, por uma deferência especial, começou a ser carinhosamente considerada por todos os fiéis e, demais admiradores, como a Igreja Matriz de Votuporanga. Interessante que durante este lapso de tempo todo, desde a celebração da primeira missa, até os dias de hoje, mais precisamente 12/10/1958 Data esta onde se completarão exatamente sessenta anos da celebração da primeira missa. Todavia, vamos tentar em pequenas pinceladas trazer a público a história lindíssima desta trajetória espetacular do povo votuporanguense. Isto obviamente, sem deixar de prestigiar a todos, que de uma forma ou de outra, juntamente com os responsáveis eclesiais trabalharam e se disponibilizaram a cada momento desta vivência de fé e humanidade na direção da cruz de Deus. Os episódios desta caminhada, se fizeram à custa de muitos sacrifícios, pois, para estarmos nas condições que hoje estamos de Catedral de uma Diocese, só poderia acontecer com muito trabalho pelas graças do Senhor. Então, somente a título de informação vamos lembrar algumas etapas de revelo que mediante ao esforço feito, se realmente valeu a pena ou não! A nossa querida igreja foi inaugurada com uma missa em 12/10/58, sem as torres, sem forro e com as paredes sem reboco, sem pintura também. Portanto, tínhamos muito o que fazer e, contávamos com o esforço ilimitado dos fiéis e, demais admiradores para conclusão da magistral obra terrena a serviço das obras de Deus. Os primeiros bancos foram instalados em julho de 1.959 e, os primeiros vitrais em fevereiro de 1.960, Em 1.961, foram iniciadas as construções das torres e, cujo término aconteceu em novembro de 1.963. Em 1.964, o bispo diocesano Dom Lafayette Libânio, consagrou o novo altar de mármore. Em março de 1.966, a igreja recebeu os primeiros lustres e, em março deste mesmo ano iniciou-se a pintura do forro, comtemplando a ladainha de Nossa Senhora, Assunção de Maria e outros símbolos católicos. Em novembro de 1.966, também foi instalado o piso de mármore do presbitério. Em maio de 1.975, foram instalados os relógios das torres. Em outubro de 2.001, a Sacristia recebe o nome de Frei Arnaldo, em homenagem e agradecimento aos serviços prestados à esta igreja, por um período de 13 anos. Entre os anos de 2001 a 2010, a igreja recebeu diversas melhorias, com a execução de uma nova pintura interna, instalação de novos lustres, troca de bancos, restauração do forro e, demais melhoramentos necessários. Em abril de 2012, foi lançada a campanha “Todos Unidos pela Igreja Matriz”, para angariar recursos pela adequação da igreja para recepcionar a vinda da Diocese e, certamente, a transformação da igreja Matriz em Catedral. E, o que de fato aconteceu em julho de 2.016, com a instalação da Diocese de Votuporanga, que abrigaria responsabilidades sobre mais 28 paróquias, correspondentes a sete municípios da região. E, para júbilo, geral de todos nós fiéis desta cidade, comemoraremos hoje 12/10/2018, dia de nossa querida padroeira, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, além de comemorar também os sessenta anos desde a celebração da primeira missa. Obrigado Senhor Deus, por tudo, principalmente, por todos aqueles que já se foram, mas deixaram suas marcas neste belíssimo templo que comungamos a nossa fé. Amém.
Arquimedes Neves – Nei
www.neineves.com.br