Porquê das passeatas!

De repente como se fosse um barril de pólvora, a simples manifestação paulista por caso do aumento arbitrário das passagens de ônibus, acordou todo o país sobre as várias mazelas em que o povo vive. Devido, obviamente, aos desmandos praticados pelas administrações públicas nos três poderes, indistintamente. É bom frisar também, que cabem responsabilidades aos poderes públicos, o atravessamento de oportunistas e baderneiros nestas ocasiões. Uma vez que se as coisas estivessem acontecendo relativamente bem, certamente, não haveria as manifestações de cobranças. Considerando, ainda, que o povo brasileiro é por índole própria, muito ordeiro e compreensível. Portanto, é comum constatar que demoramos sempre um pouco para tomar atitudes mais severas. E, convenhamos lembrar que tais posturas de nossa parte, possibilitam, sem dúvida alguma, um acomodamento dos agentes públicos, principalmente daqueles, os quais, foram lá colocados através de nosso voto. Em vista disso, é sumamente importante uma vigília permanente e cobranças oportunas. E, como um dos frutos das manifestações, parece-nos que haverá um Plebiscito nacional, para realização da Reforma Política. Com certeza quase que absoluta muitas das necessidades de que precisamos ainda deverão ser empurradas com a barriga, todavia, já é um bom começo. Mas, o que fica marcado como preciosa conquista das passeatas é que elas devem estar sempre atentas, principalmente por ocasião das eleições, onde o foco maior deve ser a advertência sobre os possíveis candidatos ficha suja. Uma vez que o quanto mais impedirmos a eleição de políticos mal intencionados, mais estaremos lapidando a moral e a ética daqueles que terão a responsabilidade de conduzir os destinos deste imenso e glorioso país. Daí, a importância das passeatas, cujo significado é de que a nossa paciência esgotou-se e, mil oportunidades foram dadas, mesmo assim existem ainda alguns que sorrateiramente se fazem de inocentes e, continuam aprontando. Haja vista que na segunda quinzena de junho/13, o presidente do Senado Federal, usou um jatinho das Forças Aéreas Brasileiras, para levar ele e a família num casamento em uma cidade nordestina. E, em seguida levá-los também ao Rio de Janeiro para assistir alguns jogos da seleção brasileira na Copa das Confederações e, posteriormente retornar a Brasília. Parece brincadeira, os caras estão fazendo gozação com o povo. Ou não estão? E, para ilustrar o nosso sentimento me lembrei de uma estória que não sei se é verdadeira ou não, mas, serve muito bem para mostrar como estamos nos sentindo diante destas bandalheiras todas, como segue: “Um homem com deficiência física, era todos os dias por vários momentos agingalhado e maltratado verbalmente por outro homem, pois era corcunda e, recebia o pejorativo de corcunda horroroso e demais nomes. Isto aconteceu, invariavelmente, por longos anos, os quais o ofendido agüentava, humilhado e sem reação. Após ter passado mais ou menos uns trinta anos naquele famigerado calvário, um belo dia, quando o ofensor ao ver o ofendido se aproximando, ia começar o rosário de ofensas, mas, surpreendentemente o corcunda sacou de um revólver e deu seis tiros no peito do malvado, que faleceu instantaneamente. Durante o Júri, o advogado de defesa, ao começar se apresentar, fez a  saudação de costume: Excelentíssimo Doutor Juiz, Excelentíssimo Senhor Promotor, Digníssimo Corpo de Jurados, Senhores Advogados, Meus Senhores e Minhas Senhoras. E, por incrível que possa parecer o advogado se fez repetir a saudação acima por várias vezes, sendo que na décima terceira vez, o Doutor Juiz num ímpito de fúria aparteou o advogado dizendo se ele ia ou não começar a sua tese, pois, a saudação tinha saturado a todos naquela sala. Foi então, que o advogado retornando, disse num tom bem jocoso: Excelência, por apenas dez minutos repeti uma saudação e, o senhor e todos ficaram saturados, imaginem então esse pobre coitado, apontando para o réu, que em a sua vida agüentou a repetição de um apelido pejorativo e, só foi ficar saturado depois de três décadas. Finalizando o advogado disse: creio Excelência, ele agüentou demais, não acham? O réu foi absolvido.” Afinal de contas nós igualmente estamos saturados com tanta falta de Segurança, Educação, Saúde, Transporte, além de ver descaradamente o nosso dinheiro ser espoliado pela corrupção protegida pela impunidade. Portanto, queremos crer que as passeatas ainda são um remédio muito brando diante de tanta desfaçatez. Por outro lado, o que nos anima demais é que este país continental abriga muito mais gente boa do que ruim situação esta que nos dá certeza da virada, consolidando uma democracia fortalecida e um povo extremamente feliz. Viva o Brasil.