É quase que com uma freqüência acima da média que vemos pessoas que se julgam soberana e, se acham estar num patamar acima do bem e do mal. Aliás, para falar sério, é mesmo bastante comum, encontrarmos indivíduos deste naipe, isto porque, o exibicionismo faz parte das atitudes mesquinhas e individualistas. Tanto é verdade, que a todo o momento estamos nos confrontando em debates sobre a questão. Pois, não existe coisa mais arrogante do que pessoas que querem ser mais realistas do que o próprio rei. Acredito que a maioria de nós que estamos lendo o texto deve ter tido situações semelhantes, ou pior ainda, tem necessidade de conviver com figuras deste tipo. Podemos encontrá-las em vários lugares, na nossa própria casa, nos balcões dos estabelecimentos, principalmente, naqueles de origem pública. Aliás, pessoas assim, que se acham o “bonzão da bala chita”, se revestem de tal modo com o manto da vaidade e, não se cabem em si de tanta arrogância. E, é próprio destas pessoas terem a consciência perturbada a ponto de sozinhas se balbuciarem frases mais ou menos assim: ”Eu só não me acho, como também tenho certeza absoluta de que sou a maior”. Percebe-se, então, que tais elementos perderam completamente o senso do ridículo. Pois, além desta catástrofe interior em que vivem, as mesmas, também, exteriorizam este ranço e vivem exigindo dos outros, tratamento de realeza, o que não deixa de ser um absurdo imenso. Pessoas que se acham, com certeza absoluta, são aquelas que praticam, espontaneamente, todo desenlace de realidade da vida, perderam completamente a noção de humildade. Pessoas arrogantes e, que se acham, acreditam piamente que podem vencer sem ajuda dos outros, tanto é verdade, que as mesmas são ingratas e, nunca agradecem a ninguém por nada. Todavia, a própria sina destas pessoas é acabar no fim de tudo sempre abandonadas e solitárias. Isto porque é quase humanamente impossível manter uma convivência junto a tipos desta natureza, não há quem suporte estar ao lado de quem não sabe dizer nunca pelo menos um muito obrigado. E, numa lógica natural também não há quem suporte viver ao lado destas pessoas que vivem se mirando no espelho e se admirando o tempo todo. Vivem só falando de si mesmas e, exigem sempre dos outros sem nenhuma cerimônia, qualquer tipo de coisa, não se importando sobre possíveis dificuldades que o outro possa ter para atendê-las. Pessoas que “se acham”, são arrogantes, sem educação, sem polidez e, não possuem empatia nenhuma. Uma vez que jamais irão se colocar no lugar do outro para saber, pelo menos, se está tudo bem ou não. Dado que, para elas todo mundo é ignorante e, não merecem nenhum crédito, principalmente, as pessoas mais simples. Em vista disso, estou tomando a liberdade junto aos meus queridos leitores e, propondo que façamos um teste de como estamos indo em relação a comportamento. Podemos começar a nos olhar, introspectivamente, em um espelho e vamos nos perguntar o seguinte: “será que eu também não estou me achando? Será que não sou eu aquela pessoa que se acha o bom da paróquia e, o resto é resto mesmo? Será que alguns dos meus relacionamentos estão ficando estremecidos, em vista das minhas excessivas recaídas de arrogância? Será que não tenho sido falso nos meus contatos com as pessoas, para algumas sou todo solícito e, para outras, preferencialmente, as mais humildes, mostro sem nenhuma modéstia os meus cascos fulminantes? Pensemos nisso!