Pessoas, desagradáveis, chatas, malas, arrogantes e ignorantes, não necessariamente nesta ordem

Dá-se a impressão que existem muitas dessas pessoas, na verdade, infelizmente, parece-nos que sim. Todavia, para se eliminar as dúvidas existentes, sobre se tem muito ou pouco destes seres, estava eu matutando e, cheguei à conclusão de que não é que existem muitas pessoas destes naipes, é que, realmente, uma só destas figuras desagradáveis, vale por dez. Interessante que o pior desta questão toda é que sempre temos a presença marcante dos ditos cujos, pois, os mesmos se acham os bons da “bala chita”, aliás, burrice total e, um terrível ledo engano dos próprios ao se auto-analisarem. E, de repente, como se fosse uma coincidência mental, assim, subitamente, me lembrei de uma querida amiga de infância, que por sinal para época era considerada uma garota bastante letrada e inteligente. Tanto é verdade que numa determinada ocasião, no alpendre da casa dela, estava lá conversando um punhado de garotos e garotas, quando, surgiu um outro menino que fazia parte da turma, porém, não com muita freqüência, pois, já era considerado um “mala sem alça” daquele tempo. Chegou como de costume, todo esbaforido e já se intrometendo na conversa sem saber o que se estava falando. No mesmo instante, a minha colega e dona da casa, levantou-se e disse, num tom bem autoritário: Miguelzinho, favor se retirar, pois, a sua presença não nos é agradável. Vejam só esta cena, sendo que já naquela época existiam as pessoas desagradáveis, porém, com uma diferença, elas, as pessoas, já sabiam que não eram bem aceitas nas rodinhas dos grupinhos de bate papo. Portanto, este tipo de gente já existe desde a criação do mundo. Desta forma, só nos resta cumprir nosso papel, ou seja, tentar tolerá-las, ou na pior das hipóteses nos dispersarmos quando as mesmas estiverem se aproximando, para pelo menos tentar conservar o bate papo agradável, antes, que o mesmo se torne desagradável, o que fatalmente iria acontecer. Interessante notar que pessoas “xaropes”, as encontramos, na maioria das classes sociais. Portanto, elas não são privilégios apenas de determinados grupos, por sinal, como muitos acreditam que seja. E, só para que saibam do cúmulo dos absurdos, lembrei-me de um incidente acontecido há alguns anos atrás comigo e um leitor de meus artigos. O qual, após a leitura de um texto publicado se sentiu ofendido por que constava no artigo uma colocação que o mesmo não gostou, pois, segundo a sua parca compreensão, eu tinha ofendido a sua categoria profissional e, na sua ótica eu havia denegrido a imagem da sua profissão. Acontece que neste referido texto da discórdia, estava uma publicação onde eu apenas afirmava uma colocação bem popular que dizia: “o inferno está cheio de padres, médicos, engenheiros, advogados, e etc…”. Na verdade, o dito cujo ofendido era advogado e, falou para mim que não deveria ter colocado aquilo no artigo, considerando que eu também era advogado e, a minha obrigação era prestigiar a classe. Para que os senhores  sentirem que aquele confronto era sério, o referido inconformado queria por que queria partir para a ignorância comigo. Por sorte, passavam por ali pessoas conhecidas, tanto minha com dele e, procuraram amenizar as coisas. Agora, sinceramente, trocando em miúdos, dá para qualificar a cena como inacreditável, haja vista, que até os dias de hoje me lembro dela com muito pesar e, indignação. Uma vez que acabei perdendo um “amigo”, embora ignorante, mala, chato e, acima de tudo super xarope. Finalmente, quero de coração pedir desculpas sinceras as minhas queridas e queridos leitores pelo azedume de meu humor hoje. Porém, é certo também que cada um de nós, com raríssimas exceções, têm o desprazer de ter no rol de suas amizades uma dessas companhias “desmancha prazeres” e, é com diz um provérbio Frances: “c’est la vie”, ou seja, “é a vida”. Enfim, como medida de precaução e, respeito aos nossos semelhantes, seria de muito bom alvitre se a gente  se policiasse sobre essas intromissões e atitudes indesejáveis, a fim de verificar se não estamos nos portando como um deles! Abraço para quem é de abraços, beijo para quem é de beijos e, ambos para quem é dos dois. Tchau.