Pelo visto, só nos resta rezar

A conturbação do mundo atual, muito se deve a excessiva ganância e apego as coisas materiais. Como consequência disso, criamos uma geração de crimes, guerras, latrocínios, prostituição, corrupção, com afastamento direto do transcendental, devido a descrença da existência de uma vida melhor. Atualmente, toda sorte de atitudes e comportamentos estão voltados para o querer mais, não importa como. Todavia, é quase certo de que esse comportamento anormal é alimentado por necessidades impostas pela própria sociedade em que vivemos. Onde, quem tem poder (financeiro ou político) sobrepõe a todos os obstáculos que por ventura possam existir. A propósito, desculpem a redundância mais é bem apropriado aqui fazer um comentário que pode clarear um pouco mais parte dessa turbulência existente. E, pode também apontar as diferenças maiúsculas que existem nos tratamentos diferenciados entre os poderosos e os infelizes viventes deste país desigual e injusto. Senão vejamos, vi dia deste no Face Book um episódio jurídico, onde uma menina de mais ou menos dezoito anos, toda rota, suja, sem nenhuma perspectiva de vida melhor. E, por contingência da própria situação, ela praticou um furto num varal de roupas de um local nas vizinhanças. Cujas peças eram um tênis velho e, uma camiseta meio desbotada, onde aparecia estampado a frase popular: “vai coríntia”. A menina pela pobreza apresentada não tinha defesa e, foi preciso o estado lhe designar graciosamente um advogado para defendê-la. No final das contas, a menina foi devidamente penalizada de acordo com a lei, sem mais delongas, pois, realmente nada se tinha a fazer, neste caso, senão cumprir a lei. Por outro lado, todo o santo dia vemos nas manchetes das TVs, das internets e, dos jornais, o destaque da apresentação de um novo nome de corrupto. O qual, estará disponível, sem data marcada, para se apresentar nos Tribunais da Lava a Jato, logicamente, acompanhado por uma legião dos melhores advogados do país. E, com essas defesas pomposas e milionárias, certamente, como sempre presenciamos os réus saírem ilesos. Ou, na maioria dos casos, ficarem esperando em liberdade, decisões que demoram séculos para serem anunciadas. Dando-lhes, oportunidades para continuarem levando o nosso dinheiro, para custear honorários dos advogados e, também para se enriquecerem um pouco mais. Nos dois procedimentos apresentados não há necessidade de ser estender o assunto, uma vez que qualquer um é capaz de perceber os atendimentos diferenciados. A massificação dos valores morais, tornaram certas coisas que há tão pouco tempo eram erradas e, isso tudo estamos presenciando todos os dias, encobertando verdadeiras lamas de podridão moral, indivisível, muitas vezes, pela posição social que determinadas pessoas ocupam na sociedade. Esta mesclação de atitudes tornam o mundo bastante egoísta e cruel, colocam oprimidos em situações humilhantes e constrangedoras, como sempre. Como consequência, herdamos a ausência natural da Fé e da Caridade, pois, o lema dos poderosos consiste em vencer sem restrições. Aliás, é o que podemos esperar como reflexo dessas atitudes impensadas surgidas no cenário político de agora, transformando o nosso presente num verdadeiro caos e, o futuro numa incógnita. É a partir daí que sentimos que a degradação do ser humano acelera dia a dia o processo da disputa incoerente, afastando mais e mais o homem do Ser Infinito DEUS. Diante desta visualização e da terrível constatação desse quadro tétrico, o qual nos coloca de prontidão, restando-nos apenas como única esperança a atitude de pura oração. Para tanto, os nossos joelhos devem-se dobrar para pedir ao Senhor, piedade em sublime oração, para que Ele em sua infinita bondade se compadeça de nós e possibilite ao país um futuro melhor, justo e digno. Para tal, lembrem-se que para nós, outra oportunidade está chegando aí, as eleições de outubro/18 e, considerando todas as informações que já temos, inclusive, a maioria delas já vivenciadas.  Em vista disso, acreditamos já estar preparados e qualificados para desempenhar o papel de eleitor consciente e, pronto para escolher o melhor para nos representar. Fé em Deus e, vamos lá.

Arquimedes Neves – Nei

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