Pedidor de esmolas ou indigentes.

Antes de tudo, peço mil desculpas, aos meus diletos leitores, todavia, pensei bem e, resolvi escrever alguma coisa sobre estas infelizes criaturas que vivem ao Deus dará, sem eira e nem beira, simplesmente vivem. O assunto é tão velho e, se não me falha a memória já fizemos há tempos, alguns comentários sobre tal problema. No entanto, não importa se já falamos sobre o questionamento, uma vez que o resultado continua zero, sem que que nada tenha sido feito. Embora, vagamente, me passe pela cabeça que, se foi algum clube de serviço da cidade ou não, há tempos atrás, promoveram uma discussão programada, para se saber o porquê da mendigagem e, como sempre, o resultado destas reuniões, não se chegou a resultado algum. Uma vez que tantas foram as sugestões e colocações apresentadas sobre o assunto que seria necessário catalogar cada ponto de vista, inclusive os mais variados possíveis. E, somente a título de observação, vamos enumerar alguns para conhecimento e, análise individual para quem ouse especular o assunto, a saber: “crianças abandonadas, viciados em bebidas alcoólicas, viciados em drogas afins, doenças crônicas, falta de recursos financeiros, falta de oportunidades, educação deteriorada, viciado em jogatina, decepções amorosas, morte de um ente querido, racismo, falta de religião, não crença em Deus, derrotismo introspectivo, apresentamos apenas estes para mostrar o tão quanto é polêmico este assunto. Aliás, como sempre acontece nestes mutirões de supostas caridades, o ponto mais importante, geralmente, nunca faz parte dos estudos fundamentais, é desconsiderado, ou, por comodismo ou por falta de amor ao próximo. Ou seja, estender a mão aos necessitados que estão precisando de apoio, de uma mão amiga, compreensiva, cuja principal é tirar aquele ser da penúria em que vive. Conversar com ele, dar-lhe uma oportunidade, enfim mostrar que sempre existe esperança, e que Deus estará por perto, de braços abertos, basta que acreditemos e queiramos. É, de todo sabido que muitas pessoas acham tal assunto um pouco ou, muito caretas e. acreditam que cada um vive como quer, obviamente, podem estar certas. Todavia, é preciso que tal opinião ou, atitude seja baseada apenas na liberdade e no livre arbítrio. No entanto, se tiver voltada pela vontade em não ajudar, daí não vale, demonstra somente desamor ao semelhante e isso não é bom. É certo que em muitas das vezes, temos atitudes avessas a dignidade humana, haja vista que seria inconcebível uma pessoa querer passar por dificuldades e não ter nenhuma perspectiva de vida, simplesmente, por algum revés ou na pior das hipóteses pelo fechamento de portas, perdendo toda a motivação, seria viver como se fosse um robô. Naturalmente, temos que respeitar as escolhas individuais de cada um, todavia, jamais devemos nos portar com julgadores e definir de imediato qualquer tipo de comportamento apenas com palavras. Muitas das vezes sem conhecer do por que levou aquela criatura para aquele estado vegetativo de vida. Ao invés, de nos colocarmos como arautos da verdade, seria no mínimo razoável que víssemos os outros que se encontram em situações de abandono e mendicância com os olhos do amor e da caridade. E, não seria de todo mal se nesse distante relacionamento, praticássemos, um pouco de empatia, nos colocando no lugar daquele pobre infeliz e responder o que gostaria que fosse feito por nós, daí fazer o mesmo por ele, só isso apenas bastaria. Convém ressaltar que o assunto é extremamente complicado, uma vez que depende somente da consciência de cada um e, em matéria de consciência humana não se pode esperar uma resposta uniforme de comportamento, pois ela está sempre sujeita a “chuvas e trovoadas”, na verdade, trata-se de reações estritamente subjetivas. Sabe-se que mendigos sempre existiram e existirão, porém, podem-se amenizar este calvário, com ajuda direta ou através de colaboração para as instituições afins, em espécie ou, através do voluntarismo. Muitos dirão que já ajudam bastante ou tem outras obrigações mais importantes com que se preocuparem. Por outro lado, devemos agradecer, pois somos felizes e abençoados por estar do lado dos que podem ajudar. Graças a Deus.

Arquimedes Neves – Nei
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