Para alguns, é só abrir os olhos, já é alegria.

Dia destes, papeando com um amigo meu de infância, foi muito lindo, uma vez que o dito amigo é uma pessoa muito inteligente e, agradável, culturalmente, nos enriquecemos quando o encontramos. E, no decorrer do papo percebemos que antigamente havia muito mais alegria e visão com otimismo do que agora. E, é exatamente por caso disso, que para alguns, só abrir os olhos é alegria. Uma vez que, nota-se, perfeitamente, que hoje existem muito mais pessoas maliciosas e, gananciosas, do que prazerosas, como tínhamos naquelas saudosas épocas. Na nossa conversa chegamos ao ponto de perceber que antigamente parece que o horizonte era bem mais próximo, portanto, desnecessário se fazia pensar muito distante, pois, o presente e o futuro estavam muito pertinho, praticamente, de mãos dadas. Na verdade, alegria é um esforço concentrado de sentimentos, os quais têm a tarefa precípua de transformar algo não muito agradável em agradável. De cara, dá-se para sentir que não é uma tarefa fácil, haja vista, que nós somos de nascença pessoas inconformadas. Ou na pior das hipóteses, nuca estamos contentes, na maioria das vezes, até com aquilo de que muito temos e, não merecemos. Daí, reforça-se a tese de que ser muito alegre não é fácil, pois, o contentamento é inimigo número um da tristeza e, também por igual tamanho do descontentamento. Seria de todo bom notar que as atitudes estão intimamente ligadas a atividade, isto quando as mesmas forem tomadas no sentido positivo. Por isso é muito difícil ver as coisas do lado bom, isto porque normalmente somos useiros e vezeiros em dar destaque as coisas ruins. Aliás, através dos tempos percebemos que a predileção da maioria das pessoas está literalmente voltada para o destaque de coisas ruins. E, sobre o fato é bom citar um ditado popular que salienta que uma só fruta ruim (podre) pode apodrecer o cesto inteiro, se permanecerem juntas por algum tempo. E, por falar nisso, só para mostrar que temos tendências arrogantes, podemos lembra uma expressão popular chula e idiota que respondemos quando nos perguntam: “Hei cara como vai? ” E, a gente responde: vai tudo bem, se melhorar estraga”. Onde já se viu a gente achar que se for adicionado melhoras em cima de coisa boa, vai estragar, só mesmo uma mente doente pode supor uma coisa desta. Então, eu, particularmente, quando ouço uma coisa desta, vou logo falando para o desastrado, você deve ser uma pessoa alegre, otimista, quando alguém lhe perguntar se tudo vai bem, deve responder, “se melhorar vai ficar muito melhor, com certeza”. Seja alegre, procure ver o lado bom da vida, certamente ela tem mais lados bons, do que ruins, basta olhar com olhos de menino, as coisas que nos cercam. Interessante que algumas pessoas, apenas por uma questão de comodidade pessoal. Ou, mesmo para denegrir o esforço alheio, quer nos fazer crer que a alegria pode ser confundida com aceitação, ou seja, ser resignado. Muito pelo contrário, pois, alegria na própria acepção da palavra reflete, claramente, a fé incontida da realização. Uma vez que o primeiro a acreditar em nós deve ser nós mesmos e, essa premissa tem que ser verdadeira, senão estaremos sempre batalhando em vão. E, somente para realçar essa condição está registrado na história que o inventor Thomaz Edison, aquele que inventou a lâmpada, afirmava que precisou de exatamente 2.000 tentativas. No entanto, de todas essas tentativas aparentemente frustradas, nunca foram consideradas por ele como fracassos e, sim como um passo conseguido de cada vez rumo ao sucesso. E, dentro desta visão, onde a tônica dos resultados está intimamente ligada à atitude, é preciso decidir, se vamos continuar lutando ou, vamos ficar parados à beira do caminho, esperando que as coisas melhorem. E, afim de otimizar as atitudes que devemos sempre portar, sem se importar para onde vamos, tomamos a liberdade de emprestar uma mensagem de alegria e otimismo do ilustre pensador J. Paul Schmitt, que disse: “ Quando na vida se fecha uma porta, há sempre uma outra que se nos abre”. O Mal é que em geral olhamos com tanto pesar e ressentimento para a porta fechada que, não nos apercebemos da outra que se abriu”. É isso aí galera, vamos nos aderir à minoria e, abrir os nossos olhos, veremos, certamente, a festa da alegria.

 

Arquimedes Neves – Nei

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