Pai

O nosso calendário está recheado de homenagens, tem dia para tudo, inclusive para saudar aqueles que nos são ou que nos foram caros. No dia de amanhã vai ser contemplado em toda a nação o dia dos Pais. Como o mundo não é igual para todos, vai haver neste dia pessoas muito alegres e, também, haverá certamente, pessoas muito tristes. Eu, particularmente, devo referenciá-lo com orações e lembranças, pois, o meu querido pai já se foi há muito tempo. Todavia, indiferente ao passar dos anos, ainda assim, sinto falta dele em alguns momentos de minha vida. Isto porque ele foi e, quem o conheceu sabe que era uma pessoa muito agradável e bastante educada. Durante a infância minha e de meu irmão, fomos orientados por um infinito número de coisas boas, as quais até hoje cultivamos com muito orgulho e um mundaréu de saudades. Meu pai era de origem simples e, não era abastado, pelo contrário, teve sérias dificuldades para cuidar de nós, mas, mesmo assim, isso não foi motivo suficiente para nos abandonar ou mesmo nos criar de qualquer jeito. Ele sempre dizia numa filosofia tirada da própria experiência da vida que “ninguém perde em ser honesto e, digno com a sua família e com as demais pessoas”. Meu pai nos ensinou a respeitar os mais velhos principalmente, no entanto, não desprezava a oportunidade de nos explicar que também outras pessoas de menos idade eram merecedoras de nosso respeito e consideração. O nosso pai era enfático quando se tratava de respeito, inclusive nutria um carinho especial pelas  professoras, quando entramos no grupo escolar, ele nos dizia, vejam sempre a professora como a “luz do saber” e, jamais sonhe ou pense em desrespeitá-las, pois, se isso acontecer com vocês, certamente vão me matar de vergonha. Meu pai era uma pessoa dócil, pois, não me lembro de tê-lo visto se alterar com as pessoas, sempre sorrindo e, além do mais era também muito prestativo. Os alunos do “I.E. Dr. José Manoel Lobo” mais antigos devem se lembrar dele, o seu Paulino, era o porteiro do Instituto, e atendia a todos com a mais franca sinceridade, pois, fazia aquilo que gostava e, aliás, com muito prazer. Eu, particularmente, acredito que não tinha inimigos, aliás, gozava na época de uma amizade marcante com o professor João Nucci, outra figura imortalizada por todos nós, os dois formavam um par perfeito de irmãos por parte de Deus. Sem querer macular a imagem dos pais, não consigo ver como ainda temos centenas de milhares de pais, principalmente nesta época, que mudanças radicais, alteraram, sobremaneira, o comportamento das pessoas. Fazendo-as más e indiferentes com os filhos, a ponto de abandoná-los a própria sorte na companhia infeliz de mães solteiras e sem perspectivas de futuro. Vendo isso, volto o meu pensamento à alma de meu querido velho, para que ele juntamente com os demais pais já falecidos nos ajudem junto ao Senhor Deus, promovendo uma radical reversão neste quadro doloroso, do qual, padecem muitos de nossos irmãos. Portanto, é bem certo que o ser humano não nasceu para sofrer e, sim para ter vida em abundância, com carinho, atenção, afeto e muito amor. E, como homenagem para todos os pais vivos, desejo um grande dia com muita saúde e, para os pais falecidos muitas orações e saudades.