Oi cara, mexa-se

Outro dia estava percebendo que a gente gosta muito de prato feito, ou seja, fica mais fácil e, o único esforço está só no ato de levar à comida a boca para comer e, às vezes, sem mastigar. Essa ilustração tem como intenção somente demonstrar que não convém para ninguém colocar o manto de “coitadinho” e, ficar esperando os outros realizarem para que se possa pegar uma corona. Por oportuno é bom lembrar que muitas das vezes deixamos para amanhã àquilo que se podia fazer hoje e, isso nos torna ociosos no tempo, acomodados e sem forças para lutar. Com essa postura sempre estamos adiando os projetos, os nossos anseios se murcham e nos tornamos pessoas sem nenhum tipo de interesse. Todavia, é certo que jamais poderemos nos tornar pessoas apáticas, inseguras diante de possíveis realizações, caso contrário, ficaremos sempre na rabeira. Na verdade o nosso brilho não pode ser embaçado por migalhas contidas em prato feito, merecemos mais, ou seja, muito mais. Portanto, é literalmente proibido se acomodar. Devemos acreditar confiar, ter fé e muita tranqüilidade para não deixar escapar pelos vãos dos dedos as oportunidades de nossos objetivos. Pensamentos negativos não devem rondar a nossa cabeça, pelo contrário, devemos enxotá-los para longe, pois, eles fatalmente têm o condão de enfraquecer e esmorecer o nosso ânimo. É necessário estar sempre alerta, pronto para vencer obstáculos, criar forças para seguir em frente, firme nos propósitos, sem medo de erros ou de perdas. O desânimo, certamente é conseqüência natural da insegurança, por isso, é sumamente importante se desvencilhar dele, uma vez que é ele que nos impede de seguir em frente na busca da vitória e do sucesso. Observe-se que quem fica indeciso nas tomadas de decisões, corre o risco de ficar para trás, parado no tempo. E, como conseqüência desastrosa dessa atitude podemos deixar escapar as boas oportunidades. Aproveitando o momento, é de bom tom, citar como exemplo de participação, a canção imortal de Geraldo Vandré, onde em uma de suas estrofes, dá ênfase maior ao sentido de não ficar parado esperando, é preciso tomar atitudes, como segue: “Vem vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz à hora não espera acontecer”. Mediante esta constatação fenomenal explicitada nos versos do famoso cantor é de se reconhecer que o importante está na luta cotidiana, onde a cada dia é preciso correr igual à gazela ou mais, para não ser engolido pelo leão. E, no intuito de querer realçar ainda mais a importância do esforço, nos parece bastante oportuno aproveitar um conto intitulado “A loja de Deus”. Cujo conteúdo abrange com singeleza angelical o perfil ideal da participação humana nas coisas do cotidiano, a saber: “Entrei e vi um anjo no balcão. Maravilhado, disse-lhe: Santo Anjo do Senhor, o que vendes? Respondeu-me: Todos os dons de Deus. Perguntei: Custa caro? Respondeu-me: Não, é tudo de graça. Contemplei a loja e vi jarros com sabedoria, vidros com fé, pacotes com esperança, caixinhas de salvação eterna, potes de amor. Tomei coragem e pedi: por favor, santo anjo, quero muito amor, todo perdão, um vidro de fé e salvação eterna para mim e minha família também. Então, o anjo do Senhor, preparou-me um pequeno embrulho, tão pequeno que mal cabia na palma da minha mão. Maravilhado, mais uma vez, disse-lhe: É possível estar tudo aqui? O anjo respondeu-me sorrindo. Meu querido irmão, na loja de Deus, não vendemos frutos, apenas damos sementes.” Portanto, não se acomode e, nem prorrogue seus planos motivados por uma inércia inexplicável, pois, não se esqueça que a  vida sempre lhe oferecerá oportunidades, basta apenas participar dela. Desta forma, quando as chances surgirem, esteja atento, mexa-se, pois, de repente pode ser a sua vez. Quem sabe?