Certamente o ser humano é movido por sentimentos e, para o seu melhor deleite existe uma porção deles que ficam a disposição de suas reações motoras. O que, convenhamos, é muito legal, pois é através desses sentimentos que a motivação acontece, para baixo ou para cima. Se você teve uma surpresa agradável, com certeza, a motivação vai crescer e a disposição ficará a mil por hora. No entanto, se a surpresa for desagradável, é certeza também que ocorrerá o inverso, ou seja, você se sentirá diminuído e o astral ficará totalmente ofuscado.. Portanto, são os sentimentos que nos conduzem para frente ou para trás, tudo depende deles. Todavia, é certo também que a euforia e a tristeza, são sentimentos extremos, os quais quando sentimos variam de pessoa para pessoa. E, para emoldurar o assunto, vou tomar a liberdade de acrescentar um conto de autoria desconhecida, mas que com certeza irá destacar a importância do tempo, como segue: “Dizem que moravam em uma ilha todos os sentimentos, a Alegria, a Tristeza, a Vaidade, a Sabedoria, o Amor e, muitos outros. Um dia avisaram aos moradores da ilha que ela iria ser inundada. O Amor, como não poderia deixar de ser, tomou frente ao movimento e começou a correr avisando a todos, dizendo: corram todos a ilha vai ser inundada. Todos naquela afobação e querendo se salvar pegava cada um o seu barquinho e começaram a remar fugindo daquele iminente perigo. O amor que estava organizando a evacuação, acabou ficando por último e, não lhe restando nenhum barquinho para poder ir embora. Então, num gesto de desespero correu para pedir ajuda. Vinha vindo a Riqueza e disse: Riqueza me leva com você. Não posso Amor, respondeu a Riqueza, meu barco está cheio de ouro e prata, não tem espaço. Passou, então, a Vaidade e ele pediu. Vaidade me leva com você. Não posso, murmurou a Vaidade, você vai sujar o meu barco novo. Daí passou a Tristeza. O Amor já ofegante, perguntou, Tristeza posso ir com você? Ah, Amor, eu estou tão triste que prefiro ir sozinha, respondeu a mal humorada Tristeza. Passou a Alegria, mas ela estava tão esfuziante que não ouviu os lamentos do Amor. Já desesperado e, achando que iria ficar só, o Amor começou a chorar, daí passou um barquinho com um velhinho e falou: Sobe Amor, eu levo você. O Amor ficou tão feliz que até esqueceu de perguntar o nome do velhinho. Chegando no alto do morro, perguntou então para a Sabedoria quem era o velhinho que o trouxera até ali. Ora Amor foi o Tempo, informou a Sabedoria. O Tempo! Mas porque só o Tempo me trouxe aqui? E a Sabedoria respondeu: Porque só o Tempo é capaz de entender um grande Amor”. Considerando o conteúdo do conto acima, percebemos claramente que os sentimentos provocam as mais variadas atitudes nas pessoas, todavia, é bom ressaltar que as cicatrizes da vida são sempre curadas através do tempo. Interessante que indistintamente todos os sentimentos, os enumerados e, também aqueles não citados, no momento em que foram solicitados inexplicavelmente transformaram-se num só sentimento, o do egoísmo, pois, viraram as costas para o Amor. Embora, muitas das vezes somos vezeiros e useiros em ter atitudes no mínimo estranhas, convém ressaltar que independente de qualquer ação, sempre o tempo é tido como o melhor remédio. Para um momento de raiva é muito conveniente e oportuno dar-se um tempo, com a cabeça fria a razão funciona melhor. Para um momento de alegria, saboreie e deguste cada instante, pois, ela também é efêmera e o tempo a substituirá rapidamente.