O legado do Rei Salomão, nunca foi assumido pelo mundo.

Interessante como as coisas mudam no decorrer dos tempos, às vezes, mudam para melhor, ou em outras, para pior. E, dentro desses parâmetros, neste último fim de semana, lendo um livro sobre o Antigo Testamento, deparei-me com histórias acontecidas antes de Cristo. E, para ser mais específico, o assunto em pauta era a figura milenar e bastante destacada do Rei Salomão, filho do Rei Davi. Conta a história que o Rei Salomão, subiu ao trono de Israel, com apenas quinze anos de idade, lá pelo ano 1034 Ac, sem nenhuma experiência de administração, portanto, tudo fazia crer que o precoce Rei teria muitas dificuldades para governar o povo israelense. Acontece que numa determinada noite, Deus, aparece em sonho para Salomão, dizendo-lhe: “Pede o que te devo dar”. Em vez de pedir riquezas, glórias, vitórias, Salomão pediu um coração sábio, entendido e obediente, para poder julgar Israel. O pedido humilde de Salomão agradou tanto a Deus, que não só lhe deu o que pediu, mas também riquezas e glórias e, lhe disse: “não virá a haver entre os reis, nenhum igual a ti, em todos os teus dias”. Deus, ainda acrescentou a previsão: “E, se andares nos meus caminhos, guardando os meus regulamentos e os meus mandamentos, assim como andou Davi, teu pai, também vou prolongar os teus dias. ”. Conta a história que Salomão governou Israel, por durante quarenta e sete anos com muita disposição, disciplina, e muita sabedoria, como designou o Senhor Deus. No livro, conta também uma das proezas que Salomão fez e, que ficou gravado na história, foi o encontro dele diante de duas prostitutas, que apresentaram um problema difícil de identificação de maternidade. Salomão, demonstrou que Deus deveras o dotara de sabedoria judicativa. Uma vez que diante da posição irredutível das mulheres que afirmavam ser a mãe da criança, apresentando cada o seu argumento justificando ambas ter razão. Salomão então, pediu a dois guardas do palácio para que segurassem a crianças em cima de uma mesa e, preparou a espada para cortar a criança ao meio. Assim as duas mulheres, cada uma receberia uma parte. Diante disso, uma das mulheres, em pranto começou a chorar e, pedir ao rei para dar a criança para a outra. Foi aí então, que o Rei Salomão, decidiu dar a criança a mulher desesperada, pois, sentiu que ali estava a verdadeira mãe. Este ato, reforçou grandemente a autoridade de Salomão diante do povo. Queridos leitores (as), pode ser que a narrativa acima, embora, muita linda e. bastante exemplificativa, é possível que tenha “grilado” alguns dos senhores, porém, a nossa intenção foi apenas de fazer uma comparação. Pois, se considerarmos àquela época, milhares de séculos atrás, o Rei Salomão era destaque principal dos povos do Oriente Médio, portanto, era a palavra final para todos, sem exceção. Todavia, quando falou com Deus em sonhos, se colocou como o mais humilde dos homens e, pediu apenas sabedoria e discernimento necessário para comandar o povo, só isso. Não pediu riquezas, não pediu conquistas, pediu apenas para ser um servo do próximo, só isso. Deus maravilhado com sua atitude, deu-lhe tudo aquilo que queria e, muito mais do que aquilo que merecia. Assim é que, Salomão nos deixou de legado, a bandeira principal do Criador, ou seja, “amar a Deus sobre todas as coisas e, ao próximo como a ti mesmo.” Infelizmente, atualmente vivemos o inverso do legado de Salomão, pois, é bem certo que, com mínimas exceções, a maioria, não está nem aí com os Mandamentos e, muito menos com os nossos semelhantes.   Embora, estupidamente tenhamos sido e, continuamos sendo, mal-agradecidos com Deus. Se quisermos podemos mudar, sempre há tempo, porém, o que nos deixa ainda com um pequeno resquício de esperança, é a crença que ainda temos na bondade infinita de Deus, pois, Ele pode ainda estar nos reservando alguma surpresa. Pois, o arrependimento de coração limpo e puro, Deus aceita. Daí quem sabe…

Arquimedes Neves – Nei

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