O esforço inicial é compensado no fim

A história, constantemente, está recebendo personagens novas, porém, o papel desempenhado não muda, portanto, é natural que a história sempre se repete. Ou seja, a história é sempre a mesma em qualquer lugar, somente os personagens é que mudam. E, nem por isso, as pessoas aprendem que o caminho do fracasso e da frustração somos nós mesmos que os construímos. Portanto, é comum que volta e meia ouvimos lamentações de alguém que deu com os “burros n’água”. Isto por não escutar os conselhos e/ou as informações de que aquela decisão que se vai tomar não é o melhor caminho. E, caso persista, poderá se arrepender amargamente, além do mais, certamente, lhe custará muito caro num futuro não muito distante. Infelizmente, a gente ignora as nossas limitações e, às vezes, deixa de realizar planos maravilhosos, premonizando, erroneamente, que não seremos capazes de realizá-los. Todavia, ao contrário do que se possa parecer é que em todos os empreendimentos de que vamos participar, antes, porém, devemos reavivar a nossa mente de que somos nós mesmos que devemos avaliar as nossas potencialidades. A fim de reforçar mais esses ensinamentos encontramos escritos de uma lenda cristã que diz, mais ou menos assim, como segue: “Um mosteiro atravessava tempos difíceis, por causa da nova moda, que afirmava que Deus era apenas superstição, os jovens na não queriam mais ser noviços. Uns foram estudar sociologia, outras passaram a ler tratados de materialismo histórico, mas, pouco a pouco, a pequena comunidade que restou foi se dando conta que seria necessário fechar o convento. Os antigos monges foram morrendo. Quando o último dos monges estava pronto para entregar sua alma ao  Senhor, chamou a seu leito de morte um dos poucos noviços que restavam e disse-lhe:  Tive uma revelação, este mosteiro foi escolhido para algo muito importante. Que pena, respondeu o noviço. Porque só restam cinco rapazes e, não podemos dar conta de todas as tarefas, quanto mais de uma coisa importante. É uma pena mesmo, concluiu o monge moribundo. Porque aqui no meu leito de morte, um anjo apareceu e, eu entendi que um de vocês cinco  noviços restantes estava destinado a tornar-se um santo. Disse isto e, expirou. Durante o enterro, os rapazes olhavam-se entre si, espantados. Quem teria sido escolhido: aquele que mais ajudava os habitantes da aldeia? O que costumava rezar com uma devoção especial? Ou o que pregava com tal entusiasmo que os outros se sentiam a beira das lágrimas? Compenetrados pela presença de um santo entre eles, os noviços resolveram adiar um pouco a extinção do convento e, passaram a trabalhar duro, pregar com entusiasmo, reformar as paredes caídas, praticar a caridade e o amor. Certo dia, um rapaz apareceu na porta do convento, estava impressionado com o trabalho dos cinco rapazes e, queria ajudá-los. Não demorou uma semana, outro jovem fez o mesmo. Aos poucos, o exemplo dos noviços correu a região.    Os olhos deles brilham, dizia um filho a seu pai, pedindo para entrar para o mosteiro. Eles fazem as coisas com amor, comentava um pai com seu filho, vê como o mosteiro está mais belo do que nunca! Dez anos depois, já havia mais de oitenta noviços. Nunca se soube se o comentário do velho monge era verdadeiro, ou se ele tinha encontrado uma fórmula para fazer com que o entusiasmo devolvesse ao mosteiro a sua dignidade perdida”. Pelos belíssimos relatos podemos sentir que a vontade de vencer obviamente deve estar alicerçada em objetivos maiores a serem conquistados, porém, é preciso seguir o caminho da dignidade e do amor, caso contrário, tudo perecerá. Outro dia destes, me encontrei com um amigo de há muito tempo sem vê-lo e, ele me disse: Sabe amigo, fui pela vida por vários caminhos, sem que a minha bússola norteasse o verdadeiro. Hoje sinto falta de muitas coisas que poderiam ser minhas, porém, as deixe escapar pelos vãos dos dedos displicentemente e, agora estou arrependido. Porém, sei que a maioria daquelas oportunidades não voltará. Imagine você, continuou me dizendo, não tenho nenhuma graduação escolar, assim é que nas escolhas dos melhores empregos não tinha como competir com os demais, ficava sempre com as posições inferiores. Eu sei que não adianta chorar agora, mas apenas estou lamentando porque você conhece a minha vida. Nos despedimos e, eu fiquei penalizado com aquela situação apresentada, infelizmente, cada um de nós tem o livre arbítrio para escolher, uns se sacrificam no começo e escolhem bem, outros, preferem outras comodidades e, escolhem mal. É como diz um velho ditado francês: “C’est la vie”, ou seja, é a vida.