O dedo em riste, primeiro deve ser apontado para nós e, depois, se for o caso, para os outros.

Podemos citar como um exemplo clássico uma frase célebre de Jesus que disse: “primeiro a gente deve verificar a trave que temos nos olhos, antes de criticar o cisco nos olhos do próximo”. Observem bem que neste exemplo, Jesus pegou pesado contra a humanidade, uma vez que um cisco, representa nada mais nada menos, do que, uma pequena partícula de um detrito qualquer. E, em contrapartida, uma trave, é uma tora de madeira, milhares de vezes maior que um cisco. Propositadamente, o Cristo, qualificou esta comparação desproporcional, a fim de nos mostrar como somos levianos, quando, apontamos nosso dedo na direção do próximo é, como se fôssemos puros e imaculados. Em vista disso, corremos o risco de criar inimizades de difícil reatamento futuro. E, a fim de reforçar mais o ato, aproveitamos um exemplo bem mais popular, pois, podemos comparar os nossos defeitos a uma mochila de estudante, que só os outros a veem, a gente não. Em sendo assim, é certo que, seria muito oportuno que, de vez em quando, fizéssemos uma vistoria na nossa mochila, tirando os excessos e, repondo as faltas. E, procedendo deste modo, sistematicamente, estaríamos fazendo uma autoanálise e, sem dúvida alguma, procurando ser igual com os nossos semelhantes. Levando-se em conta que, a maioria de nós, sempre vê o defeito alheio, deixando o nosso permanecer oculto, isto porque quando ocorre fazemos, propositadamente, vistas grossas. E, tal é a nossa desfaçatez que sempre deixamos rolarem as coisas, no intuito, de que tenhamos, futuramente, algo com que possamos criticar. Faz-se também necessário destacar que, quando alguém está criticando outro, dizendo você é isso ou, aquilo, a sua intenção é de que está querendo desvalorizá-la e, jamais reerguê-la. Aliás, somente para dar uma tônica maior no assunto, é bem fácil observar, principalmente, nas reuniões de pessoas, os grupinhos formados nos cantos. Cochichando entre si, cujo assunto principal são as críticas maldosas, por exemplo: “Olha só o namorado da fulana, ele se acha, mas, não passa de um pé de chinelo”, “ nossa lá vem a princesa, com o mesmo vestido, colocou um pequeno detalhe apenas para disfarçar, mas, a gente já viu este filme antes”. Enfim diletos leitores (as), a crítica tem um peso, essencialmente, pejorativo e, jamais educativo. Todavia, na melhor das hipóteses caso, se queira ajudar alguém, o ideal seria, através de um conselho. Isto porque, o conselho bem-intencionado, vem diretamente, do coração, portanto, na maioria das vezes, seu resultado é bom e apaziguador. Também é sabido que, quem dá conselhos são pessoas de boa índole, pois, nutrem pelos seus semelhantes um carinho especial e, jamais os querem ver jogados na lama. Embora, como em tudo sempre há um senão, não poderia deixar de ser diferente nesta pauta, uma vez que, é de conhecimento geral, a frase: “Se conselho fosse bom, não seria dado de graça. ” Na verdade, esta contraposição, foi elaborada, somente na intenção de denegrir o conselho, nada mais. Pois, sabemos de antemão que, vamos sempre encontrar dificuldades em separar “o joio do trigo”, porém, seria muito bom se, a maioria de nós, optasse para jogar no time do bem. Uma vez que tal escolha, é certo que, Deus, ficaria imensamente feliz e, consequentemente, nós também.

Arquimedes Neves – Nei

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