Não desista

Sobre o tema, me lembrei de uma colocação muito interessante e antiga, de uso e cunho estritamente popular onde a mesma cita com bastante propriedade, o seguinte: “quem desiste e decide parar porque as coisas não estão indo bem, verificará dentro de pouco tempo que aquele que não desistiu e não parou estará tão longe que jamais poderá ser alcançado”. Vejam só que lógica perfeita, tão perfeita que poderemos perceber até em nossas atitudes, onde as vezes por inércia ou mesmo por não acreditar na gente mesmo já tivemos vontade de desistir de tudo. E, muito de nós já experimentou esta fragilidade natural do ser humano, ou seja, não tentar mover os obstáculos que a vida nos apresenta, sendo ocasionalmente muito mais fácil sentar e esperar que alguém nos socorra. E, desde que o mundo é mundo ouvimos falar de quando em vez que alguém se suicidou, abandonou a vida, sabe-se lá por qual motivo, porém, por mais grave que possa parecer a situação, não vale a pena. Interessante que existe também uma bonita colocação popular muito verdadeira que diz: “Deus pode te fechar uma porta, mas você é muito cego e, não vê que Ele te abriu duas janelas”. O mal de todos nós é que queremos sempre os resultados imediatamente, na maioria das vezes não sabemos esperar ou, por outro lado, ignoramos consciente ou inconscientemente que não fizemos nada por merecer o presente. A nossa principal característica é pedir sem ter feito nada por merecer, fazemos até promessas e, algumas delas comodamente para outros cumprirem. Por isso, é que não temos alicerces fortes para agüentar os revezes da vida. Pois, em quaisquer obstáculos que nos surgem, vemos várias dificuldades para vencê-los, daí desistimos ou na melhor das hipóteses para nós, ficamos aguardando sempre a aparição de um bom samaritano para nos ajudar resolver ou retirar o obstáculo. Este comodismo é próprio de pessoas acomodadas e mimadas, haja vista que existem seres que não sabem fazer absolutamente nada sem a ajuda de alguém específico que lhes auxiliem permanentemente. E, isto é muito ruim, tanto é verdade, que um dia a gente vai precisar andar sozinha e, as queridas muletas (mamães, papais e outros) não poderão nos acompanhar pela vida toda. E, aí como vai ser? Logicamente vão aparecer os empecilhos e, consequentemente os tombos, porém, temos que levantar, seguir em frente, não nos esquecer jamais que somos capazes, temos físico para tal e, raciocínio para pensar. Portanto, não podemos desistir, não podemos decepcionar aqueles que acreditaram em nós e, principalmente não podemos decepcionar a nós mesmos. Interessante que é nas dificuldades que nos revelamos e mostramos ser capazes de muitas coisas que jamais poderíamos supor que fôssemos. E, a propósito, é bem oportuno o ditado popular que diz: “é quando a água começa a bater nas nádegas, que percebemos a necessidade de aprender nadar”. E, como jóia rara destes singelos comentários, destaco uma notícia publicada nos noticiários lá das bandas de Minas Gerais no ano passado. Lembro-me vagamente do texto todo, porém, só o conteúdo nos interessa mais pelo exemplo real de força, dedicação e, principalmente crença em si mesmo, que dizia: “Luciana Scotti, ficou muda e tetraplégica por causa de um AVC, apesar das seqüelas, escreveu um livro, aprendeu três línguas e, aos quarenta anos, chega ao pós-doutorado”. Portanto, por mais adversa que seja a luta, desistir jamais.