Não deixe a felicidade passar, retenha-a

Por mais que se faça um exame de consciência bem feito, dá para observar que sempre parece que estamos andando em círculo, isto porque conversamos e falamos de tantas mudanças e, já constatamos de imediato que não saímos do lugar, ou seja, estamos fazendo as mesmas coisas novamente e, voltamos a ser de novo individuais. O que queremos dizer é que em todas as rodinhas, ou mesmo em reuniões mais importantes, sempre vem a tona os mesmos assuntos como anda a nossa vida. Discute-se de tudo, inclusive com exemplos. É de se pensar até que somos robotizados e, que temos uma programação pré estabelecida. Tanto é verdade que os assuntos debatidos naqueles agrupamentos de pessoas, dificilmente vingam. Pois, com raríssimas exceções, a maioria volta a agir como antes, ou seja, individualmente. Inclusive, somente a título de ilustração, dia deste um amigo de há muito tempo, em conversa, me disse que se tivesse ouvido as pessoas, principalmente, aquelas que gostavam dele, hoje poderia estar numa situação de vida melhor, mas, como ele mesmo disse: “agora não adianta chorar e nem lamentar, pois já é tarde demais, perdi grande parte de minha vida com coisas que nunca iam me fazer crescer. Mas, a gente fica iludida com as coisas fáceis e prazerosas, depois, mais tarde é que vamos ver o tamanho do erro que comentemos”. A bem da verdade, tais comportamentos são abrangentes em todos os seguimentos da vida. Porquanto, podemos também citar as ocorrências que se dão no campo emocional e, é aí aonde residem os maiores hiatos de nossas existências. Podemos citar vários momentos em que vivemos quase que adormecidos, tal é a nossa cegueira comportamental diante de muitas indiferenças que fazemos. E, depois nos arrependemos, porém, a maioria delas tardiamente. A propósito lembrei-me de uma história onde o diálogo de duas pessoas desconhecidas foi desenrolado da seguinte forma, como segue: “numa praça linda de uma determinada cidade, se reuniam na parte da manhã quando o sol está mais ameno, muitas crianças acompanhadas de seus responsáveis. Num banco daquela praça, estava sentado um senhor, apreciando a garotada se divertindo e, surgiu uma senhora que se sentou também e, cumprimentou o homem, dizendo-lhe, olha aquele menino ali é meu filho, o senhor elogiou e falou em seguida, olha aquela menininha ali é minha filha. Logo a menininha apareceu diante do pai que a havia chamado e, lhe disse vamos embora já está tarde, a garotinha respondeu, papai me deixa ficar mais cinco minutos e o pai concordou. Esta cena se repetiu por mais três vezes e, o pai sempre atendia as súplicas da filha. Nisto, a mulher que estava ali no mesmo banco, disse: nossa o senhor é um pai tolerante e muito atencioso com a sua filhinha. O homem com o olhar triste, respondeu a mulher: olha, eu tinha um filho muito bonito e, quando estava com oito anos sofreu um acidente quando andava de bicicleta e faleceu. Eu senti muito, disse o pai, pois. naquele tempo eu tinha muitos afazeres e, nunca achei uma oportunidade de ficar com o meu filho, para conversar, brincar e senti-lo, na verdade não o conhecia muito bem. Por isso, não deixo a minha garotinha sozinha nunca, sempre estou arrumando algum momento para ficar com ela. Pois,  quero vê-la crescer, sentir a sua vida, protegê-la e, principalmente conhecê-la”. Infelizmente, a medida que o tempo passa vamos nos tornando mais distantes, temos vergonha, de dar um beijo em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos, em nossos avós, nos demais parentes e, também em nossos amigos, achamos tudo isso cafona demais para nós. Acontece, queridos leitores, que quando os nossos amados começam a ir embora para eternidade, inevitavelmente, começa a dá uma vontade louca em nós de abraçá-los e beijá-los, mas, já é tarde demais. Vejam só como somos lerdos, por que não abraçá-los agora! Inclusive, se o fizermos, haverá correspondência, pois, estamos vivos graças a Deus. Por que, então, a partir de você, não olhe ao seu redor e, aquele que estiver perto, diga-lhe sem medo com o coração aberto: “hei mãe, ou, hei pai, ou, hei irmão, venha aqui quero te dar um abraço, porque te amo muito e, quero sentir você bem perto de mim, uma vez que é disso que preciso agora e sempre”.