De todos os compromissos afiançados num relacionamento de um casal, principalmente, por ocasião da solenidade matrimonial, perante a autoridade da igreja, esse que empresta o seu nome ao título é o que mais se parece difícil de cumprir perante os outros deveres que se apresentam nestes momentos. Assim, acho que considerando o cotidiano de todos nós, podemos destacar que na verdade somos frívolos em todos os aspectos. Haja vista que apreciamos sobremaneira o bem bom da vida e, em contra partida, quando passamos para o outro lado, ou, seja, para as agruras, fatalmente, a maioria quase que absoluta procura achar outro ninho para morar. Engraçado que neste mundo cheio de alternativas das mais variadas possíveis, onde as mudanças acontecem numa velocidade vertiginosa, somos totalmente incapazes de acompanhar a corrida sem que com isso nos cansemos rapidamente. Pois, tudo o que nos rodeia têm características variáveis, assim, pois, é de se sentir na observação geral dos acontecimentos uma frustração intensa, deixando-nos completamente impotentes, ao ponto de achar que não temos capacidades para permanecer em companhia constante de alguém. Por outro lado, esta inconstância não nos faz de modo algum crescer no sentido homogêneo do bem comum. Isto porque quando você faz o propósito de construir algo, no caso em questão um lar ao lado de alguém, é preciso que haja um conjunto natural do cumprimento daquelas promessas iniciais feitas um ao outro perante a Deus e a sociedade. Pois, é fato devidamente consumado de que a construção de um lar em terreno arenoso, certamente, qualquer vento, às vezes, não muito forte, pode facilmente colocar de lado aquelas promessas que foram edificadas. Há, porém, de se considerar as situações espinhosas que nos estão reservadas durante a caminhada, pois, na verdade, todos estamos sujeitos as chuvas e trovoadas. Porém, estupidamente, conseguimos ignorar isso, uma vez que nos momentos ruins, temos a felicidade de estarmos a dois e, é aí justamente que passamos a ser dois em um, portanto, muito mais forte do que somente cada um para si. De qualquer modo quando vemos ou ficamos sabendo de que houve um desenlace matrimonial o nosso coração se enche verdadeiramente de tristeza. Pois, é certo, que daí para frente às coisas serão muito difíceis e, se porventura, houver filhos aí se complica muito mais. Na verdade nestas incoerências dos adultos quem sofre mais são as crianças que, na maioria das vezes, ficam ao léu a mercê dos caprichos dos pais inconsequentes. Sobre o assunto, uma determinada pessoa me disse, mas se não dá mais para continuar morando juntos, como fazer? Aí respondi, será que foram analisadas com determinação todas as possibilidades, será que era amor quando resolveram casar ou havia interesses outros por trás do ato. Enfim, cada dissolução é bem diferente uma da outra e, cada um, particularmente, sabe onde está a dificuldade, geralmente, sempre é do outro. Aliás, este assunto não é levado tão a sério, pois, já ouvi frases de casais mais ou menos assim: “Ah! Quando eu casar com ela ou com ele, aí as coisas vão mudar, vou colocar tudo nos eixos, conforme eu gosto”. Pergunto, existe maior absurdo do que este? Só para concluir, o quanto é catastrófico estas atitudes, pois, segundo estatísticas recentes nos informam que da população carcerária do país, uma parte significativa dela, tanto masculina como feminina é formada por pessoas oriundas de famílias destruídas, onde parte delas são filhos abandonados. Portando, as promessas matrimoniais confirmadas perante Deus, não podem e nem devem ser tratadas como compromissos banais. Pois, a promessa “na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe”, se cumprida ao pé da letra não há tempestade que a derrube, pois, Deus se faz presente neste ambiente. Amém.