Meditação

A palavra por si só já nos dá o significado da mesma, ou seja, meditar a ação, se concentrar. Existem muitas maneiras de praticá-la, uns precisam de total isolamento para poder absorver o silêncio do encontro com aquilo que se propôs. Outros, porém, conseguem fazer uma abstração espiritual sem que necessário se faça um silêncio total. No entanto, o espírito da meditação está literalmente ligado à necessidade da busca espiritual para conversar intimamente com Deus. Ali, naquele momento há possibilidade de se estabelecer um diálogo sereno e carinhoso com o Criador. Mas, para tanto, é preciso purificar a alma, colocando naquela transferência de comunicação, onde a gente estabelece uma fidelidade e pureza, para que a sintonia estabelecida esteja de nossa parte voltada única e exclusivamente para aquele momento. Não é fácil, pois as distrações cotidianas podem tirar o nosso foco maior que é a presença do Senhor. Daí, é onde encontramos uma escala quilométrica de dificuldades que nos sufocam e nos impedem de fazermos a conciliação pacificadora do silêncio no encontro com Jesus. Este exercício de meditação neste mundo de hoje terrivelmente conturbado, torna-se uma ação muito além de nossa capacidade dominada pelo externo de uma vida apegada as coisas materiais. Obviamente que temos diversas ferramentas para nos auxiliar na concentração da busca da fé e da caridade, particularmente, os chamamentos do próprio Deus, onde em Mateus 20.2 a pergunta “Senhor, que queres que eu faça?”, continua pendente de solução de nossa parte. Afinal, o que é que o Senhor quer de nós! Simples e ao mesmo tempo difícil, haja vista que sempre oramos muito e. em igual medida  fazemos muito pouco. Não queremos dizer com isso que a meditação orante não tem valor, pelo contrário, sua importância é muito relevante no contexto global da fé, porém, é preciso ir mais longe, ou seja, colocar a mão na massa. Ir à busca dos ensinamentos do Mestre ou, senão ficaremos sempre mergulhados no obscurantismo de Marta e, deixamos de aproveitar a melhor parte, como Jesus disse a Maria. Desta forma, não podemos nos esquecer nunca que a meditação é uma busca constante em que o Espírito procura compreender o porquê do cotidiano da vida cristã, a fim de aderir e responder ao que o Senhor realmente deseja de nós. Em vista disso, torna-se uma necessidade premente participar do universo do Senhor, perseverando na meditação, para poder participar na comunidade com uma eficiência maior. Todavia, bem sabemos que quase a maioria das pessoas, está perdida dentro de seus afazeres diários, onde o horizonte principal é a ganância. Ganância, significa acima de tudo isolamento, uma vez que um ganancioso jamais terá condições de manter amizades, amores, enfim viver em comunhão com as demais pessoas. Portanto, ao praticar o exercício da meditação, certamente o caminho a ser seguido não poderá ser outro a não ser aquele que pode nos levar a felicidade. Haja vista que quem medita consegue enxergar a beleza da convivência entre os irmãos, pois fatalmente no diálogo da meditação você estará conversando com Deus. E, numa conversa com Deus, o que poderá acontecer conosco, certamente, ficaremos limpos. Consequentemente nos libertaremos dos ódios, dos rancores, dos ciúmes, das invejas, das violências, das luxúrias e, demais maculações que nos deixam presos a coisinhas minúsculas, pelas quais não vale a pena se apegar. Desta forma, o recolhimento, a introspecção, nos dá a oportunidade de rever o caminho que estamos viajando, possibilitando assim possíveis conversões, as quais, em muitas das vezes nos recompõem, fazendo-nos voltar ao trilho certo. Deus nos criou para que vivamos bem e em abundância, portanto, temos condições de não decepcioná-lo, basta ser seu parceiro e, para tanto, não podemos perdê-Lo de vista. Meditemos sobre isso.