Em casa, na rua, no trabalho, em festas, e, em qualquer lugar que estivermos, vamos ouvir sonoramente, algumas lamentações de pessoas sobre suas vidas e, para acompanhar existem ainda vários chavões para denominar tais situações, a saber: “não sei fazer nada, tudo que tento não vira nada”. “Eu tento de tudo, mas, nada acontece de bom”, “que chatice é esta vida, não sei não”, “ o que vou fazer de mim”, “já cheguei quase no fim da jornada, vivi até hoje, mas, sinto um vazio dentro de mim” e, assim segue aquele rosário infinito de lamentações sem fim. No entanto, nos parece bem claro que, há uma rotina constante em nós que nos leva sempre a reclamar da vida, não importa como. Interessante que não importa aonde estamos ou, com quem estamos, sempre achamos parceiros para falar das nossas inconstâncias, aproveitando a “deixa”, para falar mal da vida. Gente, como é incrível como temos o costume torto de olhar a vida pelo lado contrário do binóculo, ou seja, vemos tudo pequeno e, achamos tudo complicado, nos possibilitando assim reclamar facilmente de tudo. Reclamamos do trânsito, do tempo, do salário, dos pais, dos amigos, dos inimigos, nada fica de fora. Infelizmente, existem pessoas que são especialistas em reclamar. Fato é que todas elas, sem exceção, são figuras indesejáveis e, são chamadas de “desmancha rodinha”, ou sejam, quando chegam, de repente, sem maiores explicações, todos se vão. Em vista disso, necessário se faz, que nos analisemos, ou, nos policiemos, afim de observar, se acontece conosco tal desmanche, quando chegamos junto as pessoas. Porém, contudo, todavia, jamais estamos querendo dizer que o mundo inteiro é cor de rosas, ou querendo fingir que nada de mal acontece, no entanto, uma coisa é certa, reclamar sempre não vai resolver nada, pelo contrário, vai piorar e, muito. Mas, também é certo, à medida que alimentamos pensamentos ruins e ideias negativas, mais elas encontram forças para frutificar e criar raízes profundas dentro de nós. Ocorre que, não podemos nos esquecer de que o mundo em si é uma grande roda gigante, que nos conduz as alturas e, quase que ao mesmo tempo, nos devolve as profundezas, ou seja, na vida, temos momento que estamos no andar de cima e, outros no andar de baixo. Portanto, queridos leitores, nas más fases, o certo seria, buscarmos soluções, nos questionando, o que poderia ser feito para que as coisas melhorassem. Pois, é certeza absoluta, que remoer as unhas e, outras atitudes banais, as quais, certamente, não nos tiraram do enrosco envolvido, apenas, poderão nos tornar, a passos largos, pessoas mais ranzinzas, o que seria, terrivelmente, lamentável. Porém, é preciso ressaltar que dar sentido à vida, não podemos deixar apenas fixado só nos particulares das reclamações e das lamentações, extrapola também e, principalmente, na satisfação de viver, na alegria e em tudo que nos cerca com a graça de Deus. E, para condicionar e reforçar mais o sentido à vida, achamos por bem acrescentar um conto bastante apropriado para ilustrar melhor a situação, como segue: “Há alguns anos, nas Olimpíadas Especiais de Seattle (EUA), nove participantes, todos com deficiências físicas, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar. Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar. Os outros ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás, então, eles viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas com Síndrome de Dowm, ajoelhou-se, deu um beijo no garoto e disse: pronto, agora você vai sarar. E, todos os nove competidores, deram-se os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram vários minutos. E, as pessoas que estavam ali naquele dia, continuam repetindo essa história até os dias de hoje. Talvez os atletas fossem deficientes, mas, com certeza, não eram deficientes de sensibilidade. Por quê? Porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida é mais do que ganhar sozinho. O que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de rumo. Pensem bem nisso”. E, em assim sendo, quando a gente sente o coração leve, os olhos brilhantes e o sorriso maior que a boca, é neste exato momento que se está dando sentido à vida. Ou seja, está se vivendo de acordo com os desígnios de Deus, vivendo a vida com abundância e muito amor. Só isso basta, experimente…
Arquimedes Neves – Nei
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