Na própria acepção do termo, atualmente a própria sociedade, vive uma inversão de valores, ou seja, uma grande transformação dos usos e costumes, que provocaram em nós um embaralhamento de atitudes. As quais nos deixam confusos, a tal ponto, que na maioria das vezes, não sabemos o que é certo ou errado, positivo ou negativo, moral ou imoral. A partir desta contestação, as pessoas não mais reconhecem os seus princípios, suas crenças e, valores que outrora acalentavam seus comportamentos e, que hoje estão, com certeza, hibernando. Afinal de contas o que poderia definir “inversão de valores”, considerando a hierarquia da vida, pois, tais condutas são de vital importância para o desempenho da sociedade. Desempenhos estes, alinhados com metas definidas e protegidas pelo respeito, dignidade e, acima de tudo com relacionamento digno para com terceiros, ou seja, os semelhantes. E, em assim sendo poderemos definir a inversão de valores como sendo, tudo aquilo que é moral, ético, correto, ser tratado como algo banal, normal. Podemos exemplificar comparando os “belos” exemplos que as novelas nos dão quando nos ensinam que trair, roubar, são atitudes completamente normais e corretas. A inversão de valores, literalmente falando pode ser considerada dentro do contexto social, uma peça de destaque na responsabilidade negativa dos procedimentos, uma vez que ela acrescenta nas pessoas idéias introvertidas, ou seja, o sentido de liberdade está para elas diretamente ligado a permissão de infringir leis e viver uma vida de desrespeito a tudo. Isto posto, considerando que tudo que não presta tem um realce e uma aceitação maior, obviamente que a inversão de valores acabou conquistando espaço significativo no seio das famílias modernas. O que de certa forma, a cada dia que passa nos possibilita observar o crescimento vertiginoso de pequenos ditadores se manifestando. A propósito, neste quesito específico com relação à criação dos pimpolhos é bem aí neste particular que a coisa está pegando muito pesado. Haja vista que neste relacionamento entre pais e filhos, vemos uma incidência muito grande de atuação da inversão de valores, onde os filhos dominam e mandam nos pais, quando o certo seria ao contrário. Enfim, o que vamos fazer, pois, para muitos estes são alguns dos efeitos colaterais que temos que engolir para gozar das decantadas benesses dos avanços da tecnologia. Na verdade estamos vivendo uma inversão de valores e, como não poderia deixar de ser, é devido o nosso comodismo. O brasileiro, na maioria das vezes, sempre aproveita alguma situação e pega carona para se desvencilhar de suas responsabilidades e passá-las para as costas de outros. Em cima desta conduta e tradição, o povo por hábito desde os tempos primórdios do imperialismo português, tem sempre jogado a culpa de tudo em cima do governo, ou dos outros e, é o que acontece até os dias de hoje. Embora, a situação política da nação esteja calamitosa e vergonhosa, não há dúvida nenhuma sobre isso, porém, muitas coisas podemos fazer independente do governo e dos outros. Mas, como sempre é muito fácil jogar a culpa para os outros, a nossa escolha principal é que tudo é culpa do governo, ou dos outros. Portanto, é preciso abrir horizontes em nossas consciências para que possamos cumprir com dignidade, respeito e obediência os desígnios do Senhor Deus neste particular, onde Ele se manifesta dizendo: “Faça a tua parte que Eu te ajudarei”. Considerando que não podemos passar a nossa vida inteira achando que a falta de educação de nossos filhos é culpa da escola. Acontece que, essa nossa afirmativa é um ledo engano. Inclusive, essa transferência cômoda, prática e fácil de fazer, representa dentro dos milhares de exemplos da inversão de valores, uma das principais atitudes de responsabilidade paternal. Basta ver que a educação dos filhos é, nada mais, nada menos, que a raiz principal da formação de uma geração, onde um futuro de um país está diretamente dependendo disso para ser ou não ser o melhor para todos. Às vezes, quem sabe, se de todas essas gerações que passamos até os dias de hoje, não seja a causa da formação de caracteres distorcidos destes administradores políticos que nos governam, devido à omissão de nossa parte na criação, formação e educação de nossos filhos. Enfim, a inversão de valores praticada sem a mínima observação dos desastres que fatalmente causarão, vai certamente um dia atingir a todos nós. Desta feita, para finalizar o texto com um conceito que pudéssemos definir com mais propriedade os malefícios da prática da inversão de valores, rebuscamos alguma literatura a respeito. E, achamos uma definição que pode muito bem servir para enquadrar todas as definições, a saber: “inversão de valores, é tudo aquilo que é tarefa, inerentemente sua, delegar, sem poder, a terceiros e, depois, ainda na maior cara de pau, cobrar resultados indevidos” Por exemplo, deixar os outros fazerem a nossa parte. Abraços e beijos para quem aceita, senão, um caloroso aperto de mão.