Quase que a maioria total das pessoas quando nasce a sua primeira reação é botar a boca no mundo com os seus gritos ou choros. Por conta disso, já perguntei à muitas pessoas se aquela manifestação de chegada da criança, pode ser considerada uma espécie de reclamação ou hurras de felicidades por ser nascido. Na verdade, não recebi nenhuma resposta convincente, uns dizem que é reclamação, pois, a criança sente que vai perder para sempre o aconchego do útero da mamãe, que é quentinho e gostoso. Outros, porém, dizem que é por pura alegria, pois, sentia que teria a companhia de outras pessoas e, ia viver num mundo alegre, feliz e receptivo. Olha, fiquei perplexo com as duas respostas. Porém, com o correr dos tempos, eu acho que vou optar pela reclamação, portanto, creio que os bebês quando nascem já o fazem reclamando. Desta forma, podemos observar e, ao mesmo afirmar de que temos mais pessoas que reclamam do que não. Por isso, existem pessoas que só reclamam, não importa de quem ou do que, pois, o negócio delas é reclamar, uma vez que, definitivamente, nada está bom. Para tanto, chega-se ao cúmulo dos absurdos de que tem gente que se você a cumprimenta dizendo bom dia, ela vai te questionar porque você disse bom dia, indagando a onde está o bom dia. E, existem pessoas que reclamam de tudo, se chove reclama se faz sol reclama também, se trabalha reclama e, se está desempregada reclama também. Enfim, o rosário de lamentações tem muito mais do que cento e cinqüenta contas, portanto, não sobra nenhuma coisa sem que o seu péssimo humor se satisfaça. Uma vez que reclama dos filhos, do marido, do cachorro, do beija- flor, do jardineiro, da empregada, do vizinho, do padre, do médico, enfim a lista não tem fim e, ninguém escapa dos seus “elogios”. Por outro lado, este tipo de pessoa é facilmente e, por que não dizer, descartada de qualquer rodinha de bate papo amistosa, ninguém as quer por perto. Cruz credo. De um modo geral, a insatisfação é bem acentuada entre nós, ainda mais se estiver acompanhada da inveja, companheira inseparável da insatisfação. Principalmente quando a gente deseja ser o outro e, simultaneamente o outro desejaria ser o seguinte e, assim nesta cadeia sucessiva de invejas, mostra-nos, claramente, que nascemos para reclamar. Tanto é lógico, que no intuito de tentar amenizar tais atitudes, os antigos, mandavam sempre que a gente olhasse para trás, pois, normalmente iríamos encontrar alguém pior que a gente. Mas, como afirmamos que certas atitudes são congênitas, a reclamação se evidência naturalmente em nós, pois, a gente em muitos momentos reclama por reclamar, aliás, deve ser para não perder o costume. E, a propósito para não perder o costume, vamos usar um conto ou uma história para reforçar o objetivo do texto em si, Assim, me veio à mente um conto interessante que envolve a figura ímpar e singular de Jesus Cristo e, com o máximo respeito, acredita-se que esse conto foi inventado para o bem, portanto, o Senhor nos permitirá aproveitá-lo, como segue: “Jesus Cristo, resolveu voltar e decidiu vir vestido de médico. Procurou um lugar para descer e, escolheu, no Brasil, um Posto de Saúde do SUS. Viu um médico trabalhando há várias horas e morrendo de cansaço. Jesus entrou de jaleco, passando pela fila de pacientes no corredor, até o consultório médico. Os pacientes viram e falaram: olha aí, vai trocar o plantão. Jesus Cristo entrou na sala e falou para o colega que este poderia ir embora, pois, ele iria continuar o seu trabalho. E, todo resoluto, gritou: o próximo. Entrou no consultório um homem paraplégico em sua cadeira de rodas. Jesus levantou-se, olhou para o aleijado e, colocou a palma da mão direita sobre sua cabeça e disse: Levanta-te e anda. O homem levantou-se, andou e saiu do consultório empurrando sua cadeira de rodas. Quando chegou ao corredor, o próximo da fila, perguntou-lhe: Como é esse doutor novo? E, ele respondeu: é igualzinho aos outros… nem examina a gente. MORAL DA HISTÓRIA: Tem gente que já recebeu o milagre, mas nem se toca, pois vive para reclamar ou botar defeito em tudo nesta vida.” Queridos leitores, o conto nos serviu para mostrar a inconveniência e as chatices das pessoas que só reclamam e nada produzem, mas, infelizmente, temos que conviver com isso. Paciência e fé em Deus é o melhor remédio.