Incoerências dos incoerentes

Que o nosso querido país, terra onde deveria jorrar leite e mel, está caminhando, infelizmente, para ser uma terra sem dono ou, apenas, de meia dúzia privilegiada, acho que ninguém tem a mínima dúvida, ou tem? Basta, ligar a televisão para se ter uma ideia de quantas anda o nosso machucado Brasil. De pelo menos dez notícias, nove e meia são de absurdos contra o povo e, em muitas das vezes, do próprio povo contra ele mesmo. Lamentavelmente, todo santo dia, temos uma catástrofe nova para se juntar as milhares de outras já existentes. Aliás, isso já virou rotina, tanto é verdade, que a maioria de nós está, porém, não devia, se acostumando com todas essas mazelas. Outro dia estava sintonizada a televisão no canal do Congresso Federal e, os pares discutiam sobre a corrupção, principalmente do Lava Jato. Então, os magnânimos legisladores, aproveitando a ocasião, estavam descendo a lenha naqueles corruptos. Agindo, como se os próprios que ali estavam fossem uma pureza de honestidade. E, a fim de mostrar o paradoxo da questão, recentemente, no Congresso Nacional, quando da discussão dos últimos projetos de lei, sobre vários assuntos de interesse do governo. E, consequentemente o governo para ver seus projetos aprovados teve que distribuir benesses (cargos no 1º e 2º escalão), para agradar os ditos cujos legisladores, senão, corria o sério risco de ver seus projetos reprovados. E, agora sobre esta manobra escusa, como deve ser chamada? Brindes ou corrupção! Mudando de assunto, seria interessante falar sobre as greves públicas e, as revoltas populares sobre transporte e, outras incoerências do próprio governo. E, todas as demais que devem acontecer por insatisfação de toda sorte, inclusive, salarial ou estrutural. Porém, exceto, quando vemos aquela destruição total do patrimônio público, promovida pelos próprios usuários. Ônibus pegando fogo, metrô arrebentado, prédios depredados e destruídos tudo em nome de uma suposta liberdade de ação. É neste exato momento que vemos tristemente ressaltar a incoerência dos incoerentes. Agora, pergunto: por que, destruir bens de utilidade pública por uma categoria de trabalhadores, em detrimento de todos os demais, além de proporcionar um prejuízo astronômico. Inclusive, é bastante claro que quando se queima um ônibus, no mínimo se fica aproximadamente uns seis meses para reposição de outro, sendo que neste lapso de tempo os usuários vão sofrer cada vez mais. E, além disso, para piorar a situação, o prejuízo, certamente, sairá do bolso do próprio povo. Portanto, enquanto formos agindo de maneira contrária aos nossos propósitos, estaremos sem sombras de dúvidas nadando contra a correnteza e, assim, sempre estaremos no vermelho e, cada vez mais carentes de atendimentos. Fazer greves, participar de passeatas e, outros movimentos do gênero, fazem parte dos direitos constitucionais, porém, badernar e criar confusões generalizadas perturbando a paz pública isto não condiz com direitos nenhum. Aliás, o único lenitivo para pelo menos melhorar a situação, certamente é votar conscientemente, não há outro remédio. Porquanto, só podemos pensar em mudanças radicais, quando conseguirmos tirar os maus políticos dos tronos das arbitrariedades, ou, pelo contrário, todo o nosso esforço e gritaria para melhorar as coisas, serão totalmente em vão. E, irremediavelmente, tudo, “continuará como dantes no quartel do Abrantes”, ou seja, cada vez pior.