Há de se convir e, com uma certeza absoluta, de que todos nós sem exceção, sabemos o significado da palavra humildade. Aliás, é bom que se diga que a maioria dos significados disponíveis no cotidiano é aquele bem comum e bem trivial. Ou seja, humilde é aquela pessoa desprendida de todo o tipo de vaidade, simples e fácil de se lidar. Complementando, afim de tentar valorizar melhor tão rico termo, tomamos a liberdade de postar aqui um significado mais robusto, a fim de qualificar com mais ênfase a palavra humildade. O termo humildade, vem do húmus, palavra de origem latina que quer dizer terra fértil, rica em nutriente e preparada para receber a semente. Considerando isso, podemos afirmar que, naturalmente, então, uma pessoa humilde, está sempre pronta, aberta e disposta para aprender e deixar brotar no solo fértil de sua alma, a semente saudável da vida. Isto porque, a humildade, é sólida, consistente, comedida e, nunca faz ou fará dissimulação de sua real atitude ou, agirá com sentimentalismo fingido. O antagonismo da humildade se chama orgulho, cuja disposição está literalmente oposta aos predicados da humildade, uma vez que o orgulhoso é uma “persona non grata”, literalmente, divergente das propostas e condutas inerentes da pessoa humilde. Ou seja, o orgulhoso é “nariz empinado”, julga-se sempre num patamar superior, escondendo-se sorrateiramente por trás de uma pseuda humildade ou de uma imbecil vaidade. No propósito, de dispor melhor a compreensão de como se portam os dois tipos em análise, tentando clarear as distinções, vamos apresentar alguns exemplos, tais como: “quando uma pessoa humilde, comete algum erro, prontamente a mesma se redime, dizendo: eu me enganei, não era a minha intenção. Ao passo que quando uma pessoa orgulhosa comete um erro, prontamente, com toda a arrogância que lhe é peculiar, diz, alto e a bom som, não foi minha culpa, pois, considera-se acima de qualquer suspeita. A pessoa humilde enfrenta qualquer dificuldade e sempre vence os obstáculos. Quanto a orgulhosa, dá sempre desculpas, mas, não dá conta de suas obrigações e pendências. A pessoa humilde é educada e respeitosa com aqueles que lhe são superiores, por outro lado, as orgulhosas, resistem e, não faz muito esforço para botar defeitos neles. As humildes compartilham as suas experiências com as demais, porém, as orgulhosas as guarda para si, com receio de provocar concorrências. A orgulhosa pratica o ceticismo, uma vez que sempre se acha sábia o suficiente, pois, não existe nada à sua frente que não conheça. Todavia, a humilde está sempre em reverência ao Criador, condição essa que a coloca na posição de que não sabe nada, pois, sempre haverá algo novo para aprender. A humilde está sempre aberta para o conhecimento de novas ideias, não se importando de quem seja, todavia, a orgulhosa, defende sempre as suas ideias, embora possa não acreditar nelas, porém, sua atitude é sempre de defender as suas”. Enfim, esta apresentação de alguns exemplos, tentou, ser possível, mostrar que o orgulho é uma prisão, considerando que ele cerceia, visivelmente, o crescimento e a evolução das pessoas. Precipitando-as, obviamente, a um comportamento mesquinho, tornando-as, consequentemente, pessoas minúsculas espiritualmente. No entanto, numa posição diametralmente oposta, a pessoa humilde é aquela que possui de berço a chave que abre as portas da plenitude humana.
Arquimedes Neves – Nei
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