Queridos do Face Book, vocês podem estranhar porque eu titulei este texto como Feliz Natal de Jesus. Pensei bem e, cheguei à conclusão que verdadeiramente o Natal representa o nascimento do Menino Jesus, portanto, nada mais justo do que qualificá-lo como Natal de Jesus. Embora a data seja uma comemoração cristã, o Natal é aceito universalmente por todos os credos religiosos como sendo dia consagrado à reunião da família, à paz, à fraternidade e a solidariedade entre os homens. Embora exista esta união universal, infelizmente, dá-se para notar que somos omissos, por conveniência das coisas que acontecem ao nosso redor. Em vista do turbilhão do cotidiano não observamos nada e vamos levando a vida totalmente metódica e sem nenhum calor humano. Considerando a verdade do assunto, é fato também, que nós nos despertamos para as maravilhas da vida sempre por ocasião de algum fato marcante e, aí dispendemos todos os esforços naquele momento ou, no dia do acontecimento. Exemplo disso é quando acontece o Natal, como o de agora, todos ficamos dóceis, amáveis e porque não dizer de coração aberto para ajudar todo mundo. Mas, acabou o Natal a rotina volta com tudo e, nos absorve novamente, nos empurrando para “cada um por si”, como sempre. O espírito natalino deveria ficar para sempre entre nós, todavia, não dura muito, é como se fosse uma coisa efêmera, muito rápida, não dá para sentir o gostinho da felicidade que representam estes momentos. Interessante que ficamos numa ânsia enorme para que o Natal chegue e, são vários os motivos desta expectativa. A chegada de entes queridos, que acaba sendo o máximo da realização desta data, pais distantes, filhos longínquos, tios e primos sumidos, o encontro é ternamente maravilhoso, as lágrimas rolam e os sorrisos desabrocham com maior facilidade. Por outro lado, como tudo não são rosas no mundo, existem àqueles que estão em leitos de hospitais, em velórios, sem empregos e sem perspectivas, portanto, sem nenhum desejo de festejar o Natal. Pelo contrário, a tristeza torna-se bem maior, indescritível, considerando que a data em pauta, é nada mais nada menos, do que, a comemoração do nascimento do Menino Jesus. Por sinal, esta lembrança, foi bem oportuna, pois, existe há tempos uma indagação que gostaria de colocar de modo geral, que é a seguinte: “será que o Menino Deus, é lembrado de seu aniversário, pelo menos nesta ocasião”? Infelizmente, na maioria dos casos é como se não fosse, passa batido o motivo principal da festa, a nossa preocupação fica reservada as futilidades próprias, ou seja, troca de presentes, fartura na mesa, bebidas à vontade e, para Deus nada. E, para reforçar ainda mais o esquecimento da figura do Natal, como aniversário do Menino Deus, entre o século III e lV, surgiu a figura folclorista do Papai Noel, que durante estes séculos todos, conseguiu superar a figura do Menino Deus, no que diz respeito a atenção. Tanto é verdade, que de lá para cá, foram no mundo inteiro construídas fábricas enormes e poderosas de brinquedos, cujo faturamento neste mês festivo de dezembro, as vendas são superadas em muito, conseguindo em muitas situações superar o mercado financeiro de quase um ano inteiro, tal é, a corrida pelas compras dos citados brinquedos. Embora, mesmo com essa avalanche de fabricação, há e, como não poderia deixar de ser, crianças que chegam a ganhar mais de um brinquedo, no entanto, existem muitas que não ganham nada, só lhes restam, como de costume, pedir esmolas na forma de brinquedos, pelas ruas das cidades. Quero crer que esse comportamento é próprio de todos nós e, podemos citar como exemplo um aniversário de criança, fazemos exatamente o que se faz por ocasião do Natal. Pois, não demora muito para que aquela festa infantil vire, sintomaticamente, uma festa de adulto, esquecendo-se completamente o principal motivo daquela reunião festiva. Agora pergunto, é ou não é verdade, há sempre de nossa parte, isto é, dos adultos em desqualificar um evento e, ao mesmo tempo qualificar outro, completamente diferente. Em vista disso tudo e, num rasgo de puro atrevimento de minha parte, estou ousando propor o seguinte, aos meus leitores e amigos, “que tal neste Natal, antes da ceia, todos os presentes, são chamados por alguém da família, inclusive as crianças, a se darem as mãos e fechar os olhos, para fazer uma oração silenciosa ao Menino Jesus. Agradecendo aquele momento por estar ali, quando muitos já se foram e, pedir a Ele que nos dê um coração bondoso e justo, e que esse sentimento permaneça conosco o ano todo, até chegarmos no próximo Natal. Possibilitar-nos de ver a vida pelos olhos de Deus, pois, ela é tão bela e, deve ser compartilhada por todos, pois, há espaço suficiente para uma convivência harmoniosa, é só tentar enxergar” Um Feliz Natal a todos, que o Menino Deus repouse em nossos corações. São os votos.

Arquimedes Neves – Nei

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