Feliz Natal

Há aproximadamente dezessete séculos atrás nascia para a humanidade à oficialização de uma data para se comemorar o dia de Natal, mais precisamente como motivo do nascimento do Menino Jesus. Data esta comemorada no mundo inteiro como reconhecimento da existência de um ser maior e que portava a divindade de Salvador do universo. Embora a data seja uma comemoração cristã, o Natal é aceito universalmente por todos os credos como dia consagrado à reunião da família, à paz, à fraternidade e a solidariedade entre os homens. Partindo desta premissa senti que normalmente somos omissos por conveniência das coisas que acontecem ao nosso redor. Devido ao turbilhão do cotidiano não observamos nada e vamos levando uma vida totalmente metódica e sem calor humano. E, isso é uma verdade absoluta, uma vez que despertamos para as maravilhas da vida sempre por ocasião de algum fato marcante e, aí dispendemos todos os esforços naquele momento ou dia do acontecimento. Exemplo disso é quando acontece o Natal, todos ficamos dóceis, amáveis e porque não dizer de coração aberto para ajudar todo mundo. Mas, acabou o Natal a rotina volta com tudo e nos absolve novamente, nos empurrando para o “cada um pra si”, outra vez. O espírito natalino deveria pairar sobre nós eternamente, porém, sua duração é efêmera, isto é, muito rápida, não dá para sentir nem o gostinho da felicidade que representam estes momentos. Interessante saber que a gente fica numa ânsia muito grande para que o Natal chegue e, são vários os motivos. A visita de entes queridos é o ápice da realização desta data, pais distantes, filhos longínquos, tios e primos sumidos, o encontro é eternamente maravilhoso, as lágrimas rolam e os sorrisos desabrocham com a maior facilidade.  Por outro, como tudo não são rosas no mundo, existem aqueles que estão em leitos de hospitais, em velórios, sem empregos e sem perspectivas, portanto, sem nenhum desejo de festejar o Natal. Pelo contrário, a tristeza é ainda maior, considerando que a data em questão é para ser vivida com alegria e emoção, pois trata da comemoração do nascimento do Messias, o Salvador. E, por oportuno a lembrança foi propicia de que a data refere-se ao nascimento de Cristo e, será que o mesmo é lembrado? Infelizmente na maioria dos casos é como se não fosse, passa batido o motivo principal da festa, a nossa preocupação fica reservada as futilidades próprias, ou seja, troca de presentes, fartura na mesa, bebida a vontade e, para Deus nada. Quero crer que esse comportamento também é próprio de todos nós e, como exemplo, podemos considerar um aniversário de criança, fazemos exatamente o que se faz por ocasião do Natal. Pois, não demora muito para que aquela festa de  criança vire sintomaticamente uma festa de adulto, esquecendo-se completamente o principal motivo daquela reunião festiva. Desta forma estamos sempre deixando de aproveitar a oportunidade que nos é apresentada por ocasião do Natal, onde os corações estão repletos de alegria e felicidade, porém, não se sabe por que esse êxtase é bem tênue, passa logo. Depois do Natal, tudo volta ao normal, somos pessoas comuns novamente. Estive pensando muito sobre o assunto e, num rasgo de atrevimento estou ousando propor o seguinte: “que tal neste Natal, antes da ceia ou da reunião em família, todos os presentes, inclusive as crianças, são chamadas por alguém a fechar os olhos e fazer uma oração silenciosa ao Menino Jesus. Agradecendo aquele momento, por estar ali, quando muitos já se foram, pedir a Ele que nos dê um coração bondoso e justo, e que esse sentimento permaneça conosco o ano todo, até chegarmos o próximo Natal. Possibilitar-nos de ver a vida através dos olhos de Deus, pois, ela é tão bela e, deve ser compartilhada por todos, pois há espaço suficiente para uma convivência harmoniosa,  é só tentar enxergar”. Um Feliz Natal a todos, que o Menino Deus repouse em nossos corações. São os votos.