Quando se tenta traduzir alguma coisa sobre os sentimentos humanos, obviamente, a gente vai navegar em águas caudalosas e, também em algo muito introspectivo. Isto porque, a subjetividade reinará nos resultados. Em certa ocasião, não me lembro onde, mas, ouvi de alguém que a felicidade não existe é uma simples fantasia para enganar tolos, dando-lhes a falsa impressão de que tudo está as mil maravilhas. No entanto, como a felicidade é um sentimento, é necessário lembrar que são condições emocionais totalmente subjetivas. Haja vista que, um sentimento igual, acontecido, em pessoas diferentes, possa, na verdade, com uma margem bem considerável de acertos de que os prazeres ou desprazeres sentidos também são diferentes. Enfim, é como já sabemos que para ser feliz, basta ser simples isto porque, a felicidade só faz morada nos corações das pessoas simples, fora disso, é quase impossível ser feliz. Senão, vejamos, como poderia uma pessoa totalmente arrogante ser feliz, sendo que todas as suas atitudes, sem salvar nenhuma, quando exercitadas, fatalmente agridem aos demais. E, o pior de tudo isso, é que o agressor ou, melhor, o arrogante jamais se desculpa, uma vez que seus atos são naturais e congênitos, eles não conseguem enxergar a sua estupidez. Embora, a simplicidade esteja sempre a disposição de todos, para os arrogantes ela se torna inacessível. Devido sua postura de ”nariz empinado” que lhe dificulta, sobremaneira, desviar o olhar onde está a felicidade. A propósito, achei um conto indiano, que certamente nos ajudará a entender como é fácil, isto é, poderá ser, se observarmos os caminhos disponíveis no conto, que pode nos facilitar a encontrar o riso, a alegria e o amor, alicerces básicos para ser feliz, a saber: “Dizia-se que havia um sábio na Índia que tinha o segredo da felicidade e, que o guardava cuidadosamente em um cofre. O rei mandou chamá-lo e lhe ofereceu muito dinheiro pelo cofre, mas o sábio, simplesmente, recusou a oferta, dizendo que era algo que o dinheiro não podia comprar. Um dia uma criança se apresentou diante do sábio e, disse-lhe: sábio, por favor, ensine-me o segredo da felicidade. Movido pela pureza e inocência da criança, o sábio então lhe disse: Preste muita atenção. A primeira coisa que você deve fazer é amar-se e respeitar-se e dizer a si mesmo todos os dias que você pode vencer todos os obstáculos que se apresentarem na sua vida. Isso se chama auto-estima. A segunda que deve fazer é por em prática o que você diz e o que pensa. A terceira é jamais invejar alguém pelo que ele tem ou é. Eles já alcançaram suas metas, agora alcance as suas. A quarta é jamais guardar rancor de ninguém no seu coração. A quinta é não se apoderar do que não é seu. A sexta é jamais maltratar alguém, todos os seres têm o direito de ser respeitados e queridos. E última coisa que você deve fazer é acordar todos os dias com um sorriso e descobrir em todas as pessoas em todas as coisas o seu lado positivo. Pense na sorte que você tem, Ajude a todos sem pensar no que poderá obter em troca e passe adiante o segredo da felicidade.” E, para fechar o ciclo, atrevo-me a contar não um conto, mas, uma passagem real, acontecida comigo em um encontro de casais. Onde o palestrante distribuiu aos participantes, mais ou menos, vinte casais, uma folha de papel em branco, acompanhada de uma esferográfica, que estavam sobre a carteira. E, em seguida pediu ao grupo que apontasse individualmente, sem nenhum tipo de comunicação entre eles e, com total sinceridade, dez defeitos e dez qualidades do respectivo par. Logo depois do prazo estabelecido, recolheram-se as folhas e, após quinze minutos que foram aproveitados para tomar café, o resultado surgiu na mão do palestrante. E, qual não foi a surpresa geral que numa porcentagem bastante significativa, foi apresentado como resultado geral de que as qualidades eram muito maiores do que os defeitos. Resumindo, pode-se notar que na maioria das vezes somos muito exigentes superficialmente e, na verdade, estas intransigências às vezes, extrapoladas dificultam a vivência feliz. Portanto, podemos constatar que a felicidade sempre está conosco, basta apenas que desçamos do pedestal da ignorância e, façamos amizade com ela, certamente, tudo, ficará mais fácil. E, por falar nisso, hei irmão e, aquele sorriso espontâneo onde está? É isso aí, obrigado. Tchau.