A gente normalmente houve sempre alguém falar num tom sério e compenetrado que o exemplo é muito mais forte do que mil palavras, no fundo esta afirmação é muito verdadeira, o fato é que a maioria de nós quando em formação nos espelhamos em alguma pessoa para nortear o nosso futuro, uns diziam, eu quero ser quando crescer igual ao meu pai, outros definiram seu horizonte em algum artista ou jogador de futebol, no entanto, todos indistintamente tiveram parâmetros para começar a escalada da vida. Daí que a nossa responsabilidade aumenta muito na convivência com os nossos, pois a conduta deles no futuro vai necessariamente depender das nossas atitudes, como procedemos, dando bons ou maus exemplos, eis aí o ponto crucial do problema. Muitas pessoas inadvertidamente agem ignorando esses princípios, uma vez que suas ações são autoritárias e inconseqüentes, haja vista que usam como lema o chavão machista, que diz “façam o que eu mando, mas não façam o que eu faço”. Na verdade, que força você pode ter se ao admoestar o filho quanto ao vício de fumar e beber, você fala com ele com o cigarro na boca e o copo de bebida na outra mão. Afinal, que autenticidade pode você passar, em conversas ou palestras, sobre o amor materno e paterno, se por um motivo ou outro, não importa qual, você tem seu pai internado num asilo ou na melhor das hipóteses acomodado num quartinho em sua casa, sem atenção e sem carinho. Na parábola do filho pródigo, depois das gastanças e lambanças, restou para ele apenas o amor infinito do pai, foi sua única lembrança e salvação, era a parte da herança que permaneceu para sempre, o exemplo reto e digno de seu pai, que jamais pereceu, sendo que as palavras nunca amoleceram o seu coração, mas o exemplo foi o que o animou a voltar a casa do pai. Assim é a força que tem os exemplos tanto os bons quanto os ruins, aliás, os exemplos ruins, infelizmente têm uma força muito maior que os bons, isto por que a porta do pecado é muito mais larga do que a porta da salvação, senão vejamos: um pai bêbado, drogado, não cumpridor de suas obrigações, mentiroso, agressivo, prepotente, egoísta, preguiçoso, boca suja, vai com certeza gerar e criar filhos da mesma espécie, dificilmente isto deixará de acontecer, pois o exemplo é muito forte e as circunstâncias são terrivelmente favoráveis. Além das relações interpessoais, temos que ter muito cuidado com as informações externas recebidas através da mídia, mais particularmente do rádio, televisão, revistas, internet, celulares, cujos bombardeios permanentes podem provocar dependências de todo tipo, útil ou inútil, verdadeira ou falsa, interessante ou supérflua, sendo que devemos estar alerta e saber discernir o exemplo bom do mal, pois esses canais informativos têm muita força e são especialistas em manipular consciências e opiniões. O exemplo é na verdade uma prova viva da conduta e, eles futuramente se manifestaram nos nossos próximos, com caráter digno ou não, só depende de nós. Numa avaliação emocional observa-se que os sentimentos se manifestam mais dia menos dia, pois tudo aquilo que foi recebido através dos exemplos ficam armazenados no subconsciente, podendo aflora a qualquer momento. Daí que os bons exemplos, embora possam parecer adormecidos, vão um dia depois de muitas idas e vindas te iluminar ou te fazer retornar a casa do pai são e salvo.