Eu vim para que todos tenham vida.

A frase acima é, sem dúvida alguma, uma das mais lindas afirmações de Jesus, (João 10-10), pois, abrange, sem exceção, todas as criaturas da terra, não somente os nascidos, mas, também aqueles que se encontram nos seios maternos, ainda por nascer. Foi com esta frase que Dom Moacir, Bispo da Diocese de Votuporanga, enviou-nos Carta Aberta, a respeito da nova investida das autoridades constituídas, sobre a Legalização do Aborto, cuja audiência pública, ocorrerá nos dias 3 e 6 de agosto/18, no STF. Porém, o que nos preocupa mais nesta tramoia toda é, que tal atitude nos cheira mais uma manobra política de bastidores. Tanto é verdade que, inexplicavelmente, uma atribuição puramente de competência da Câmara Federal para decisão, foi abdicada em favor do Supremo Tribunal Federal. Mais, uma vez, considerando esta atitude covarde do Legislativo Federal, vem à propósito fazer-nos repensar bem por ocasião das eleições que se aproximam, em quem nós vamos votar para verdadeiramente nos representar? Por outro lado, é necessário que se acrescente uma informação importante, haja vista que para decisões deste nível, sempre é preciso que se tenha um pedido de peso e, para o caso em pauta, foi o PESOL, Partido Socialista e Liberdade, que requereu. O assunto de Legalização do Aborto é antigo, polêmico e super desagradável, não digo somente para se conversar, mas só de pensar nos deixa muito abalados e entristecidos. Considerando que o Criador nos disponibilizou o livre arbítrio, há porém, algumas distorções de entendimentos motivadas, principalmente, pelas conveniências. Senão vejamos, quando se fala no livre arbítrio, entende-se, literalmente, que pertence a nós o nosso destino, ou seja, fazemos aquilo que nos convêm. Todavia, devido há vários interesses, alastrou-se propositadamente entre as pessoas, principalmente nas mulheres, de que o livre arbítrio, abrangia também a decisão de abortar, ou seja, “eu mando no meu corpo”.  E, é exatamente aí que reside o “x” da questão, primeiramente, o corpo pode ser seu, isto é apenas ilusório, mas, o feto é um outro corpo distante anos luz de seus pressupostos poderes concedidos arbitrariamente pelo livre arbítrio. E, o pior de tudo é que aquela vida germinou ali naquele útero num processo natural da natureza humana. É, na verdade o maior milagre de Deus, a vida, que nos é dada de presente, sem cobranças, apenas na troca de muito amor. Portanto, sua simples exclusão cirúrgica ou não, é crime, além de ser um descaso, sem precedente, praticado pela humanidade. Inclusive, tal prática, isto é, o aborto, deve ser considerado como um vitupério imperdoável contra o Criador. A saber, existem milhões de concepções indesejadas e, é óbvio, que cada um enxerga o problema de diferentes óticas, todavia, nada desfaz o objetivo principal que é o de eliminar uma vida. Infelizmente, uma parte significativa da população vive esta situação com uma leviandade absurda, E, já por tão longo tempo, comumente, ouvimos das pessoas que se envolvem em um relacionamento carnal proibido. Em vista da falta de compromisso, ou seja, não há vínculo oficial, ou seja, são solteiros, a mesma ladainha de sempre, a saber: “tomamos o máximo de cuidado, mas…”, “usamos contraceptivo, mas não sabemos como aconteceu”. Enfim, tudo gira em torno de uma enxurrada de desculpas, na maioria, infantis, que fatalmente desembocarão na simplicidade da eliminação de uma vida, através do aborto. Queridos leitores, é de conhecimento de todos de que isto acontece aos montes, porém, ainda na clandestinidade, já imaginaram se fosse uma procedimento legal. Deus nos livre, não queremos nem pensar, todavia, todos nós somos responsáveis nesta luta e, para tanto, clamamos sem, nenhuma exceção, para que nas próximas eleições, façamos o nosso papel, conscientemente, votando bem. Evitando assim, que tornemos a ficar novamente de pires na mão, choramingando migalhas para políticos inescrupulosos, que não nos conhecem mais após as eleições. Amém.

Arquimedes Neves – Nei

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