Interessante, que qualquer assunto, que envolva as coisas de antigamente, não merece o crédito que deveria ter, haja vista que, quanto mais falamos sobre parece-nos que efeito ao contrário, pois, com referência à educação, acontece diariamente isto, pois, estamos vendo à medida que o tempo passa, mais desilusão temos sobre este particular. E, para melhor compreensão de meus queridos leitores, quero destacar que iremos falar, especificamente, da educação referente ao tratamento de pessoas entre elas mesmas. Sobre a educação escolar, podemos, em outra oportunidade, fazer uma um apanhado geral e, comentarmos, pormenorizadamente, sobre este assunto, que também, com diz o velho ditado popular, “ela está caindo das pernas”, infelizmente e, é por isso que lamentamos muito. Aguardem, em breve retornaremos com este fatídico assunto. Assim, é que, retornando ao tema do texto, bons tempos eram aqueles em que havia respeito desde da nascença. Ou seja, não havia essa de discutir com os mais velhos, principalmente, com os pais, a coisa funcionava como um relógio suíço e, fim de conversa. Imaginem só, que quando a professora do curso primário chamava a atenção ou, mesmo dava uns puxões de orelha no aluno, ao chegar em casa a mãe já estava sabendo do ocorrido. E, aproveitava da ocasião para dar mais uma correção no distinto e, em cima da razão, acrescentava mais alguns bufetes nas orelhas do “ filho infrator”. E, pelo que se sabe, nunca ficamos sabendo de traumas psicológicos que pudessem dar problemas futuros, na formação dos meninos e, ou, meninas. Hoje em dia, em qualquer lugar que se vai, se depara com um ato de falta de educação. Na rua, nos campos esportivos, em casa, nas escolas, não existe lugar algum, onde a falta de educação, não se destaque e, por incrível que possa parecer, até nas igrejas, você vai se deparar com gente não tão bem-educada. Acredito que seja um mal crônico, pois, o problema é estritamente estrutural, com a intensa colaboração da própria sociedade. E, como de costume, sempre para emoldurar o artigo, descobri nos meios de meus achados de livros e anotações, um conto muito interessante e, que dizia mais ou menos assim: “ nos anos cinquenta, um cidadão foi preso e teria que cumprir trinta anos de prisão, porém, oportunamente, quando lá estava por longos vinte anos, surgiu-lhe uma oportunidade e, fugiu. Formou-se um verdadeiro exército de agentes para capturá-lo, pois, era até uma questão de honra essa prisão, haja vista. Que ficou em jogo a reputação da corporação policial e. também do próprio governo do estado. Depois de longos cinco dias de busca, encontraram o marginal, magistralmente disfarçado, dentro de um ônibus circular, onde se encontrava um agente policial, também disfarçado e bastante observador, deu voz de prisão ao fugitivo, com bastante cuidado, preservando a vida dos ocupantes do ônibus. Na delegacia, os repórteres e as autoridades policiais, queriam saber do agente como ele conseguiu identificar precisamente o fugitivo e prendê-lo sem nenhum alarde e pacificamente, inclusive não colocando em risco as vidas dos ocupantes do ônibus, naquela ação. O agente explicou que numa parada que o ônibus fez para descida e subida de passageiros, entrou uma senhora grávida e, que no corredor do ônibus, gentilmente, um homem se levantou e deu o lugar àquela senhora, personificando com este gesto uma educação e, uma gentileza nunca vista naquele momento. Com isso, vendo aquele ato de esmerada educação com o próximo, o agente imaginou ser alguém que estava por fora do convívio atual da sociedade de agora. Daí, deduziu ser ele o fugitivo”. Através dessa história verifica-se que a educação não é mais espelho reluzente de uma sociedade, pois, estamos vivendo na era do mais sem educação e do mais atrevido, salve-se quem puder. Com as graças do Altíssimo, vemos ainda com muita fé e amor, lá no fim do túnel, uma luzinha a brilhar, resta ainda um fiozinho de esperança nas mudanças, nos comportamentos, porém, depende única e exclusivamente de nós. Basta que deixemos de criar reizinhos sem reinados e, adotemos como regra, o amor exigente, para que possamos num futuro, não muito distante, voltarmos a sorrir pela conquista de sermos novamente um povo bem-educado.
Arquimedes Neves – Nei
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