É, COMO NUM PISCAR DE OLHOS

Há alguns tempos passados, questão de 30 a 40 anos atrás, normalmente e, de forma quase que precipitada as coisas eram resolvidas radicalmente, ou seja, não existia solução paliativa e, nem manutenção preventiva. Só para exemplificar, naqueles tempos, quando se tinha algum problema dentário, a primeira atitude do profissional era, sem nenhum tipo de consulta, promover a extração do referido incômodo. Assim sendo, partindo desta premissa, podemos prognosticar que não há por parte das pessoas nenhuma preocupação em analisar e verificar quais são as alternativas melhores disponíveis para se tomar um posicionamento de questões ou, situações existentes pendentes de soluções. E, o pior de tudo é que temos o péssimo costume de agirmos muito mais dentro do lado emocional, do que, do lado racional. Normalmente, este tipo de atitude vai, com certeza absoluta, resultado antagônico ao esperado. Uma vez que, em algumas pessoas mais e, em outras menos, o momento emocional tem duração relativa. Considerando a extensão do fato que é proporcional ao sentimento, levando-se em conta o equilíbrio emocional de cada um. Assim sendo, toda vez que precipitamos a definição de alguma posição para escolher de qual lado vamos ficar. Se, nos valermos somente da emoção que nos domina no momento, certamente, quando as coisas ficarem mais tranquilas vamos perceber claramente que vai haver necessidade de readequar o quadro anteriormente, definido. Uma vez que notório observa que os resultados não foram os esperados. Aliás, no ápice da emoção somos levados a praticar ações desordenadas, as quais fatalmente nos conduziram para caminhos ficticiamente corretos, porém, depois do clamor vamos ver que realmente não era aquilo que queríamos. Todavia, somos imprevisíveis, relativamente, às decisões que sempre tomamos no calor das emoções. Fatalmente, estaremos envolvidos aos acontecimentos que nos proporcionaram resultados indesejados. Interessante é que sobre esse assunto de querer resolver tudo no sufoco, nos coloca muitas das vezes, como diz o ditado, em “saia justa”, querendo resolver tudo “como num piscar de olhos”. Mesmo sabendo dissonada nos faz controlar o nosso ímpeto para refrear nossas ações baseadas em momentos emotivos. Desta feita a atitude tomada nestes momentos, tanto é verdade que podemos considerar como parte da reação humana. Portanto, não há como nos livrar de que de tempos em tempos estarmos procedendo como o velho ditado diz: “ quem tem pressa e, age instantemente, sem usar a razão, come cru e quente”. Geralmente, sempre queima a língua.

                                          Arquimedes Neves – Nei

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