Há quanto tempo estamos ouvindo as discussões dos políticos sobre os problemas montados por eles mesmos, sobre vários assuntos que tomaram conta do Brasil e do mundo. E, com esse marasmo todo estamos acumulando prejuízos obtidos dessas mazelas e, que para nós só vai sobrar à conta para pagar. A maioria de nós sempre foi muito condescendente com essas situações e, para tanto, sempre temos usado o chavão natural destas ocasiões que é: “deixa tudo pra lá, pois, como sempre vai acabar em pizza mesmo, não vamos nos incomodar e, o melhor é tocar a nossa vida.” Só que agora a coisa está ficando cada vez pior e, temos a vaga impressão de que vamos ter muitas dificuldades para sair desse mato e, pelo visto, o teremos que fazê-lo sem o cachorro mesmo. Aliás, através da história podemos destacar o destemor e a capacidade de recomeçar que é uma característica nata do povo brasileiro, considerando a orfandade congênita de que somos brindados desde os tempos do império. Isto porque conviver com uma saúde desta que nos é oferecida só pode ser para pessoas conformadas e abnegadas, além do mais pacientes, uma vez que, o caos existente nesta área é coisa de cinema, pois, na verdade é como se estivéssemos vivendo uma trágica comédia. E, a segurança pública, só para se ter uma idéia, mesmo nestes tempos de crise as indústrias que mais estão faturando alto são aquelas que fabricam proteção individual ou coletiva para os cidadãos de bem se verem mais ou menos protegidos da marginalidade que não pára de crescer. Aliás, deve-se abrir aqui um pequeno parêntese, uma vez que dizem que o aumento da criminalidade se deve também a ausência de oportunidades, provocada pela falta de crescimento do país. Quanto a Educação, está cada vez pior, pois, o Estado é totalmente incapaz de promover uma educação de qualidade. Falta tudo desde as necessidades menores até a desvalorização total dos professores, haja vista que a profissão está tão desqualificada e desvalorizada que na ordem de grandeza de uma escala de importância de profissões, a de professor está lá nos últimos patamares. Agora considerando isto, como é que a gente pode exigir a grandeza do país se a sua Educação é totalmente desconsiderada e está jogada no fundo do poço, sem nenhuma chance de emergir. Quanto a Moradia, convém, nem tentar explicar, considerando que o número de favelados e moradores de ruas é de dar dó pela quantidade existente. Uma vez que o item em pauta só tem servido para as demagogias dos palanques da vida, inclusive, no aproveitamento para a promoção de desvios de verbas. Uma vez que se formos comparar a existência dos programas de casas populares construídas com as verbas que foram disponibilizadas para tal é fácil constatar que houve muitas “mutretas” pelos caminhos que ambos seguiram, ou seja, produtos verbas, é com diz o Boris Casoy: ”isto é uma vergonha”. E, nesta semana que estamos terminando aconteceram duas decisões importantes, tiraram o Presidente da Câmara Federal e, também a Presidenta do Brasil. Mesmo assim ainda estamos temerosos de continuarmos num mato sem cachorro, haja vista que o substituto do ex-presidente da Câmara Federal já demonstrou logo de início que só sabe fazer besteiras e, não tem nenhum preparo para a missão que desejamos e precisamos. Quanto ao Presidente Interino, sabe-se lá se vai dar certo, pode ser que sim e, pode ser que não, na verdade, ainda estamos muito céticos com a turma lá do Planalto e, não é por menos. Como, nesta altura do campeonato nada nos resta a fazer a não ser esperar, vamos, então, dar um tempo e ver o que acontece. Todavia, confundindo o dito pelo não dito e, não querendo ser pessimista confirmo que estou com “um olho na sardinha e o outro no gato”, pois, vai que fatídica profecia de meu finado avô, ou seja, “estamos num mato sem cachorro” vingue novamente. Queira Deus que não! Oremos.