Não sei se foi ontem ou antes de ontem, mas é certo que estava papeando com um grande amigo de infância, o Nilson Goraieb, de família tradicional daqui de Votuporanga. E entre conversa daqui conversa de lá, o Nilson me comoveu ao dizer que tinha muitas saudades da sua querida mãe, a dona Cacilda. A surpresa da lembrança instantânea me pegou também e, com isso fiquei muito emocionado e, por que não dizer, feliz também ao relembrar aqueles anos indescritíveis acontecidos, mais precisamente, na década de 50. Sabe queridos leitores, essa senhora não era só a mãe do Nilson, era também do Nasser, da Nancy e, do Nelsinho, aliás, com muitas felicidades, continuamos amigos, embora, um pouco distantes, considerando a correria do dia a dia. E, eu, particularmente, tenho certeza absoluta de que somos amigos verdadeiros, pois, o elo que nos uniu foi, sem dúvida alguma, dona Cacilda. Gente, por uma ousadia de minha parte, considerando o que sentia por essa senhora, não tem explicação, pois, a considerava exatamente como se fosse a minha própria mãe. Aliás, todos que frequentavam a casa da família Goraieb, sem exceção, amavam dona Cacilda. Tal era a candura da mesma e o amor que distribuía às pessoas, dava tratamento a nós, através do qual, a gente se sentia como se estivéssemos em nossas próprias casas, ou, ás vezes, melhores. Considerando a familiaridade que gozávamos nesta casa, que às vezes, por brincadeira, os meninos, principalmente, o Nasser, falava, “ei pessoal, vocês não têm casa não”! Porém, a dona Cacilda, quando via e ouvia, o Nasser, fazendo estas gozações, ela ralhava com ele, pois, não gostava nem um pouco, deste tipo de brincadeira. E, isso que estou narrando é a pura realidade, uma vez que qualquer um que a tenha conhecido, jamais ousaria ou, pensaria em falar coisas dela que não fossem verdadeiras. E, demais a mais, ela era de fato um anjo de pessoa no meio de nós todos, inclusive, a família Goraieb até quando ela ainda estava conosco, foi agraciada pela presença, altiva, guerreira, serena de um anjo chamado Cacilda. Meus queridos leitores, podem estar pensando o porquê deste entusiasmo todo sobre essa querida pessoa, para mim, particularmente, não tenho adjetivo nenhum que possa expressar o quanto devo a essa querida senhora, que infelizmente, há muito tempo já não está mais entre nós. Todavia, pela parte que me toca, como pessoa, devo referenciar de todo o coração a passagem, ou, melhor a sua presença quando viva entre nós. Digo isso, de peito aberto, pois, é fato verdadeiro, pois, me tornei um cidadão de respeito dentro da sociedade votuporanguense, sendo que, uma parte considerável deste meu comportamento, devo muito ao querido anjo chamado dona Cacilda. Após, todas estas colocações, pode ser que muitos possam estar pensando que eu esteja exagerando, todavia, se dermos uma volta ao passado já distante, quem a conheceu pode afirmar que estou sendo muito modesto em citar a pessoa maravilhosa que era dona Cacilda. No entanto, queridos leitores, quem a conheceu sabe que apenas bastava vê-la, mesmo que fosse pela primeira vez, certamente, iria notar pela sua presença cândida que, de fato, dona Cacilda representava entre nós, a presença viva de um anjo verdadeiramente, de carne e osso. Obrigado Dona Cacilda, pelo período que esteve entre nós, e, certamente, foi naquela época, um pedacinho do céu que nos acompanhou e nos protegeu. Beijos póstumos e, de muita gratidão. Amém.
Arquimedes Neves – Nei
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